O Espírito Santo registrou, apenas até a segunda Semana Epidemiológica (SE) de 2024, 3.426 casos de arboviroses, sendo 3.152 de dengue, 211 de chikungunya e 63 de Zika. Os números estão um pouco menores que 2023, quando, no mesmo período, foram notificados 3.722, 270 e 113, respectivamente.
A SE 02 compreende o período de 31 de dezembro de 2023 a 13 de janeiro de 2024. Devido a isso, a Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, emitiu um alerta aos profissionais de saúde dos municípios capixabas, em especial quanto a dengue.
“Fechamos a segunda semana epidemiológica com mais de três mil casos notificados de dengue, além dos casos notificados nas demais arboviroses. O alerta é importante para que os profissionais de saúde fiquem atentos aos sinais e sintomas relacionados às arboviroses no dia a dia do atendimento”, destacou a chefe do núcleo de Vigilância Epidemiológica, Fabiana Marques.
O alerta, encaminhado na última semana, tem como objetivo fortalecer os serviços de saúde na atenção ao atender pessoas sintomáticas, sobretudo crianças e idosos, além de reiterar a importância da orientação à hidratação imediata, de acordo com os protocolos vigentes.
Capacitações aos profissionais de saúde
Ao longo de 2023, a Secretaria da Saúde promoveu, com as superintendências de saúde, capacitações de manejo clínico aos profissionais de saúde e de controle de vetor relacionados à dengue, Zika e chikungunya em todo o território capixaba. O ano foi marcado pela maior epidemia de arbovirose no Estado, sendo a grande maioria de casos de dengue, com 98 óbitos pela doença.
Com o início das atividades da Sala de Situação das Arboviroses, que foi instituída pela Portaria nº 116-R, de 9 de novembro de 2023, a expectativa é de que, ao longo do primeiro trimestre de 2024, novas capacitações ocorram.
A Sala de Situação das Arboviroses tem por objetivo intensificar a consolidação e a divulgação de informações para a tomada de decisão, visando ao fortalecimento das atividades de vigilância e o controle das arboviroses, além de coordenar as ações de prevenção e a organização da rede assistencial para garantir a resposta adequada e oportuna à ocorrência das doenças causadas pelo Aedes aegypti.
“O alerta e a intensificação das capacitações acontecem em virtude do cenário epidemiológico, em especial da dengue. Em 2023, tivemos a circulação no Espírito Santo dos sorotipos DENV1 e DENV2. Entretanto, no final do ano, foi confirmada a circulação dos sorotipos DENV3 e DENV4 em outros estados brasileiros, fato que não ocorria há 15 anos”, ressalta Fabiana Marques.