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Imunidade após infecção por Covid-19 pode ser mais completa e duradoura; entenda por que a vacinação é necessária

Em um vídeo publicado recentemente pelo médico Imunologista da Sociedade Britânica de Imunologia, o Dr. John Campbell faz uma análise dos últimos números das pesquisas feitas nos EUA, Israel e Reino Unido sobre a produção de anticorpos promovida por vacinas e pela infecção viral por SARS-Cov-2.

Conversamos sobre os dados com o professor Daniel Gomes, do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), doutor em Imunologia e membro das sociedades Brasileira e Britânica de Imunologia.

“Temos sempre que levar em conta a que ‘preço’ podemos bancar a imunidade por infecção natural da população geral. No caso da Covid, é importante vacinar tanto porque a resposta imunológica é mais parecida entre os indivíduos que se vacinam, quanto na grande redução da necessidade de cuidados médicos, de óbitos e da ocupação dos espaços de saúde que fazem o tratamento de muitos outros problemas de saúde”.

Um resumo das informações divulgadas pelo o especialista britânico em seu canal no YouTube seria de que enquanto as vacinas mantêm níveis altos de anticorpos por até 4 meses, pessoas que se infectaram com o vírus permanecem por até 8 meses com anticorpos.

Outro ponto importante apontado pelo imunologista é de que a infecção natural promove, em alguns casos, anticorpos para cerca de 20 cadeias proteicas diferentes, enquanto as vacinas para 1 ou 2 cadeias.

O professor da Ufes concorda com as informações e conclusões do pesquisador e colega membro da Sociedade Britânica de Imunologia, e acrescenta que, apesar da imunidade ‘natural’ ter efeitos mais prolongados em alguns casos, é difícil dizer que todas as pessoas reagirão da mesma forma.

“Algumas pessoas que se infectam por Covid podem produzir uma imunidade bastante robusta, mas algumas não desenvolvem essa memória imunológica. As vacinas para Covid, além de conterem as ‘informações’ sobre qual cadeia proteica, principalmente a proteína S (de spike, ou pontas da coroa no caso do coronavírus), também contêm estimulantes para que o sistema imunológico crie a devida memória sobre esses antígenos”, explica o especialista capixaba.

Sobre a duração do pico de anticorpos no sangue, o capixaba lembra que “é por esse motivo que a administração de terceiras doses é a maneira mais fácil e segura para manter uma cobertura ativa por mais tempo principalmente na população mais vulnerável à doença”.

FOTO DESTAQUE: © Myke Sena/MS

Esta reportagem é uma produção do Programa Sala de Redação, realizado pela Énois – Laboratório de Jornalismo, do projeto Jornalismo & Território, com o apoio da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Porticus e Open Society Foundation

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