Os debates sobre os impactos do rompimento da barragem de Fundão sobre a Bacia do Rio Doce, em novembro de 2015, continuam. Parlamentares capixabas e mineiros realizam encontro para conhecer o que tem sido realizado para a recuperação das áreas atingidas pelos rejeitos de mineração e formulação de novas propostas. O evento acontece nesta segunda-feira (6), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A promoção é da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce), cuja atual presidente é a deputada capixaba Janete de Sá (PSB).
O convite é assinado pelo coordenador regional da Cipe Rio Doce por Minas, deputado Leleco Pimentel (PT), e pelo presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB).
Participam antropólogos, advogados, procuradores de Estado, defensores públicos, sindicalistas, gestores ambientais, engenheiros e deputados. O evento começa às 9 horas e se encerra às 18. Veja a programação completa no final do texto.
O crime ambiental provocado pelo estouro da Barragem de Fundão, em Mariana (MG), pertencente à Samarco, está prestes a completar oito anos e meio. Desde então, autoridades dos três níveis de governo, parlamentares e o movimento social, além dos atingidos diretamente pela calamidade, debatem e cobram dos responsáveis indenização e reparação socioeconômica e ambiental pela tragédia de Mariana.
Cipe Rio Doce
A Cipe Rio Doce foi criada em 1999 para promover o debate e propostas para o uso racional dos recursos hídricos da bacia do Rio Doce do Espírito Santo e Minas Gerais. É composta por cinco deputados de cada estado, com rodízio na presidência e vice – o mandato é de um ano. Atualmente, a presidente da comissão é a deputada Janete de Sá (PSB).
A bacia do Rio Doce engloba 30 municípios capixabas e 201 mineiros, em uma área geográfica de 84 mil km². Colatina e Linhares são as principais cidades banhadas pelo rio no território do Espírito Santo.