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“Mais do que nunca, precisamos de ajuda”, diz moradora de Mimoso do Sul

A cidade de Mimoso do Sul foi devastada pelas fortes chuvas do último final de semana e, apesar das águas darem uma trégua, moradores sofrem tentando reconstruir suas vidas. Em contato com uma moradora do município, o ES Hoje recebeu atualizações sobre a situação precária que as vítimas têm passado nos últimos dias.

De acordo com Roberta Guarçoni, os mimosenses haviam sido alertados sobre os riscos de enchente durante a semana. Porém, a expectativa era de que o nível da água fosse semelhante ao do ano passado, em que atingiu um metro acima do nível da rua nas partes mais baixas da cidade.

“Mas o que aconteceu foi um ‘mini Brumadinho’. Fomos pegos pelo volume da água que, em uma hora, já tinha chegado a alcançar um metro do segundo andar da minha casa”, relatou.

A moradora conta que não deu tempo de ver o volume do rio encher, o que moradores da região estão acostumados. “Da última vez demorou cinco horas até encher e por isso deu tempo de tirar tudo e as perdas foram significativamente menores”, disse Roberta.

Os pais de Roberta, que moram no primeiro andar da casa, foram retirados do quarto deles nadando. “Eles perderam tudo, seus pertences, sua histórias. Nem roupa conseguimos salvar”, lamentou.

Apesar da água ter baixado, a situação continua desesperadora, segundo Roberta. “Agora, mais do que nunca, precisamos de ajuda. Precisamos de água, comida e itens para limpeza das casas, como sabão, detergente e cloro. Estamos sem abastecimento de água e o galão mineral está servindo para beber, cozinhar e tomar ‘banho de gato’. Estamos nos limpando com álcool e lenço umedecido, mas isso não é o bastante devido ao contato com a água podre”, explicou.

Conforme o relato da moradora, são precisos mutirões de limpeza para auxiliar os habitantes a limparem as casas. “O Estado e o município ajudam, mas não dão conta. Precisamos realizar a limpeza agora enquanto a lama ainda está mole e mais fácil de sair. Precisamos de ajuda e abastecimento. Nosso comércio acabou em 100% e já não tem capacidade para abastecer os moradores”, ressaltou.

Outra questão destacada pela moradora é em relação à saúde. “O hospital está cheio e não tem porte para isso, por ser de interior. O único posto que está atendendo é que está na parte alta da cidade e não alagou. Precisamos de remédios para leptospirose e exames nos moradores que tiveram contato com a lama podre”, afirma Roberta.

No meio da lama, solidariedade

Roberta Guarçoni revela que, apesar da tragédia, tem visto o melhor do ser humano no quesito solidariedade. “Colegas de classe da turma de medicina da minha filha, de uma faculdade particular, viera junto com suas famílias realizar mutirões para ajudar na limpeza da residência de moradores afetados”, comentou.

"Mais do que nunca, precisamos de ajuda", diz moradora de Mimoso do Sul

“Pessoas morreram e não há cura para o luto. perdemos nossos bens e agora é enfrentar os danos emocionais para nos reerguer”, afirma Roberta.

Ajuda como esta, pontua a moradora, está sendo de grande valia, uma vez que grande parte dos moradores estão sem condições de realizar a limpeza das casas atingidas. “O que sozinhos demoraríamos dias para fazer, eles fazem em horas, o que nos ajuda a salvar o que restou”, destacou.

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