Em Vitória, a capital do Espírito Santo, a falta de chuva em janeiro de 2017 é gritante e fez levantar a sombra do racionamento de água. Segundo o Instituto Climatempo, a chance de chover na Grande Vitória e no centro-norte do Espírito Santo e no Vale do Jequitinhonha é ainda mais remota.Os números são de fato sombrios. Em 10 anos, janeiro de 2017 é o terceiro janeiro mais seco em Vitória abaixo apenas de janeiro de 2015, quando simplesmente não choveu, e de janeiro de 2010, quando o acumulado no fim do mês foi de apenas 15,6mm.
Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, em 23 dias choveu minguados 20,4 mm, total que está 86% abaixo da média histórica para este mês que é de aproximadamente 143,0 mm.
Não chover em janeiro em Vitória significa não ter a chuva do terceiro mês com maior média de chuva na escala anual. É faltar chuva na época que deveria chover.
O estado do Espírito Santo, as regiões mineiras do Vale do Rio Doce e do Vale do Jequitinhonha foram as que receberam menos chuva em janeiro até agora e são as regiões onde a chance de chover vai continuar muito baixa até o fim do mês e no começo de fevereiro.
No Estado, os maiores volumes ocorreram no sul do estado, mas em geral não passaram dos 70 mm. Em pequenas áreas na divisa com Minas Gerais e em algumas áreas ao sul do Vale do Rio Doce choveu de 70 a 100 mm. Mas na região do Vale do Jequitinhonha e na maioria das áreas capixabas, a chuva acumulado em 22 dias não passa dos 50 mm e em vários locais do Jequitinhonha e do norte capixaba nem choveu este mês ainda.
Sem previsão de chuva
Até o fim de janeiro, não há expectativa de que nenhuma frente fria chegue ao Espírito Santo para estimular instabilidade.
As condições atmosféricas esperadas para os próximos dias vão atuar fortemente contra a chuva. O sistema de alta pressão atmosférica conhecido como ASAS – Alta (pressão) Subtropical do Atlântico Sul volta avançar com força sobre o Brasil e sua maior influência será justamente sobre o Espírito Santo e o nordeste de Minas Gerais, região onde estão o Vale do Rio Doce e o Vale do Jequitinhonha.
Como todo sistema de alta pressão atmosférica, a ASAS reduz a umidade no ar. Com o ar mais seco, a quantidade e o tamanho das nuvens diminuem, o que reduz a chance de chover.
Fonte: Climatempo
