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3 de outubro de 2025
sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da história

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da históriaNão é de hoje que homens e mulheres se levantam proclamando conhecer o exato dia e a hora da “volta de Jesus Cristo” (Sua segunda vinda). De tempos em tempos, alguém ganha espaço na mídia ou influencia multidões cravando o momento da parousia.

O caso mais recente que chamou atenção ocorreu há poucos dias, quando o pastor sul-africano Joshua Mhlakela afirmou que a segunda vinda aconteceria na virada do dia 23 para o dia 24 de setembro deste ano. Obviamente, nada aconteceu. Mais uma vez, a profecia mostrou-se falsa, lembrando-nos das palavras claras de Jesus: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mateus 24:36).

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da história
Joshua Mhlakela previu que Jesus voltaria entre os dias 23 e 24 de setembro

Ao longo dos séculos, algumas dessas tentativas de prever a volta de Cristo ganharam tanta repercussão que chegaram a dar origem a movimentos religiosos, seitas ou traumas coletivos. A seguir, relembramos cinco das predições mais famosas e fracassadas da história, que servem de alerta contra falsos profetas e contra a tentação de buscar datas em vez de se apegar à promessa.

1. O Grande Desapontamento de 1844

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William Miller

O caso mais emblemático ocorreu nos Estados Unidos do século XIX, com o pregador batista William Miller. Convicto de que havia descoberto o segredo de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus voltaria em 22 de outubro de 1844. A comoção foi tão grande que milhares de pessoas venderam suas propriedades, deixaram suas plantações apodrecer e aguardaram ansiosamente a volta de Cristo. Quando o dia chegou e nada aconteceu, a frustração foi avassaladora. O episódio ficou conhecido como o Grande Desapontamento.

Da ruína espiritual daquele dia nasceu um movimento que mais tarde se transformaria na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Para justificar o erro, seus líderes reinterpretaram o cálculo de Miller, afirmando que, em 1844, Cristo não teria voltado à Terra, mas entrado no Santo dos Santos celestial para iniciar o “juízo investigativo” — uma doutrina sem fundamento bíblico, mas que deu sobrevida ao movimento. Esse episódio se tornou o maior “marco de data” da história moderna do cristianismo.

2. A previsão das Testemunhas de Jeová em 1914

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da história
Charles Russell

Outro caso marcante envolve Charles Taze Russell, fundador da Torre de Vigia, origem das Testemunhas de Jeová. Russell afirmou que o ano de 1914 marcaria a volta visível de Cristo e o fim do mundo. O tempo passou, a Primeira Guerra Mundial estourou e, como nada do prometido ocorreu, a seita encontrou uma saída: reinterpretou o fracasso dizendo que, em 1914, Cristo teria voltado de forma “invisível” e iniciado seu reinado nos céus.

Essa explicação não só manteve a organização de pé, mas deu-lhe ainda mais força. Hoje, as Testemunhas de Jeová contam com milhões de adeptos em todo o mundo, mas seguem sustentando doutrinas que negam pontos centrais da fé cristã – como a doutrina da Trindade. O caso mostra como uma previsão fracassada pode ser reciclada em narrativa de poder religioso.

3. Harold Camping e o “fim do mundo” em 2011

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da história
Harold Camping

Já no século XXI, um dos episódios mais rumorosos aconteceu por meio de Harold Camping, radialista cristão americano e presidente da Family Radio. Camping afirmou com toda convicção que o arrebatamento ocorreria em 21 de maio de 2011, seguido do fim definitivo do mundo em outubro do mesmo ano.

O pregador gastou milhões em outdoors, propagandas e transmissões, espalhando a expectativa globalmente. Famílias inteiras venderam casas e doaram recursos, acreditando na iminência do fim. Quando nada ocorreu, o fiasco trouxe vergonha e escárnio público. Camping pediu desculpas pouco antes de morrer em 2013. O episódio se tornou um dos maiores escândalos midiáticos recentes envolvendo previsões da volta de Cristo.

4. Edgar Whisenant e as 88 razões para 1988

Volta de Jesus: as 5 previsões mais famosas (e fracassadas) da história
Livro “88 razões por quer o arrebatamento será em 1988”

Pouco antes disso, outro nome ficou famoso: Edgar Whisenant, engenheiro da NASA e estudioso amador da Bíblia. Ele publicou o livro 88 razões por que o arrebatamento será em 1988, que vendeu milhões de cópias nos Estados Unidos e inflamou as esperanças de muitos cristãos.

O problema é que o ano passou sem qualquer sinal do arrebatamento. Whisenant tentou novamente, remarcando as datas para 1989, 1993 e 1994. Nenhuma de suas previsões se cumpriu. Seu nome caiu no descrédito, mas deixou registrado um exemplo claro de como até mesmo publicações populares podem enganar multidões quando manipulam a ansiedade escatológica.

5. O pânico do ano 2000

Com a chegada do novo milênio, surgiu um temor global em torno do chamado bug do milênio (Y2K), a falha prevista nos sistemas de computadores que poderia gerar caos generalizado. Muitos pregadores cristãos aproveitaram o clima de pânico tecnológico para afirmar que o colapso marcaria o início do fim dos tempos e a volta de Cristo.

O ano 2000 chegou, computadores foram ajustados e nada aconteceu além de pequenas falhas técnicas. Mais uma vez, as previsões falharam. O episódio mostra como fatores culturais e tecnológicos podem ser usados para alimentar especulações religiosas, mesmo sem qualquer respaldo bíblico.

A advertência de Jesus

Esses cinco episódios, entre tantos outros ao longo da história, revelam um padrão: líderes carismáticos marcam datas, multidões acreditam, o fracasso se repete e, em muitos casos, surgem seitas que reinterpretam o erro para manter seus seguidores. Mas a verdade é que a Palavra de Deus não deixa margem para dúvida.

Jesus foi categórico: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mateus 24:36). Em Atos 1:7, reafirmou aos discípulos: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade”. O apóstolo Paulo completou: “O dia do Senhor virá como ladrão de noite” (1 Tessalonicenses 5:2).

A nós, portanto, não cabe calcular, mas vigiar. Cristo nos deu, no sermão escatológico de Mateus 24, uma sequência de sinais que antecederiam sua volta: guerras, fomes, terremotos, falsos profetas, esfriamento do amor, perseguição da Igreja e a pregação do Evangelho a todas as nações. Essa é a verdadeira chave: não viver em especulação, mas em santidade, vigilância e esperança.

Enquanto falsos profetas insistem em marcar datas, a Igreja fiel deve proclamar a promessa eterna: Jesus voltará, no tempo determinado pelo Pai, e todo olho O verá.

Por isso, o chamado de Cristo permanece atual: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Marcos 1:15). Só pela fé em Jesus temos perdão dos pecados, reconciliação com Deus e a certeza de que, naquele Dia, entraremos no Reino eterno de justiça, amor, paz e alegria do Senhor Jesus.

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