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Vôlei de praia: dupla que treina no Espírito Santo perto de carimbar vaga em Paris

Formada por um carioca e um paranaense, a dupla de vôlei de praia Evandro e Arthur, parceria que começou no início de 2023, está na segunda colocação do ranking brasileiro que garante vagas para os Jogos Olímpicos de Paris. Os dois atletas, que treinam no Clube Aest, na Serra, avaliaram toda a caminhada e também falaram sobre as expectativas para a próxima etapa do circuito mundial, que pode sacramentar a vaga.

Vitor Duque, presidente do clube, falou sobre a chegada dos atletas e também sobre a formação de novos atletas da modalidade no Clube Aest, que tem se destacado em campeonatos de categorias de base com importantes resultados.

“O clube está muito satisfeito pelos resultados, e como eu sempre digo para o Evandro e para o Artur: o nosso objetivo, evidente, é triunfar e chegar no lugar mais alto do pódio. Mas o nosso objetivo aqui é maior. É criar uma referência para a nossa categoria de base. A gente tem uma categoria de base muito forte. Hoje, o Aest é o melhor CT de base do Brasil em resultados, nos subs 17, 19 e 21. Nós somos campeões masculinos no 17, terceiro colocado no 19 e quinto colocado no 21. Todos esses resultados são os que nos conferem o título de melhor CT de base do Brasil. E é um resultado muito sólido que já vem sendo trabalhado há muitos anos e a gente vem colhendo os frutos”, declarou o gestor.

O carioca Evandro também ressaltou a importância da formação de novos atletas, que, segundo ele, é vital para manter o vôlei de praia em alta. “O vôlei é uma roda gigante. Uma hora nós estamos aqui, mas amanhã posso estar parando e é nisso que surgem novos atletas.  Eu acho que essa parte da base do Aest é o mais importante de tudo. Porque é o futuro. É o futuro do voleibol de praia que tá em jogo. Eu acho que o trabalho que vem sendo feito aqui na base é um grande trabalho. Tanto que somos líderes no ranking de ponta a ponta dos ‘subs'”, complementa o atleta.

ADAPTAÇÃO AO ES

Evandro e Arthur falaram da suas respectivas adaptações ao Espírito Santo, tanto no campo pessoal como no profissional, tendo em vista que as praias da Grande Vitória são marcadas por muito vento, o que dificulta o jogo.

“Foi diferente porque eu sou do Rio e estava morando lá. Tinha uma sede de treinamento, mas a partir do momento que tive uma conversa com alguns amigos, foi para sair da zona de conforto, para pensar no próximo ciclo e tudo mais. Tem que sair da zona de conforto e eu preferi sair e vir para Vila Velha. Estou muito feliz aqui. Agora eu não penso em voltar para o Rio, pretendo continuar, seguir minha vida em Vila Velha, mas a adaptação foi muito fácil. Se eu soubesse, teria até vindo antes”, brincou Evandro.

“Eu já moro sozinho desde os 15 anos de idade, saí de casa pra treinar, mas vivia ali no Paraná, então era mais fácil ver família. Então, acabou que foi um tempo muito longo sem ver família, sem ter muitos amigos aqui. No começo eu sofri um pouco, mas nada relativo à cidade, foi mais questão de saudade de casa mesmo. Já na questão do jogo, mudou muito o nosso, porque a levantada e altura da bola muda por conta dos ventos. Mas, ao mesmo tempo, ajudou muito, porque é muito mais controle de bola que a gente tem que criar, e nós ganhamos muito nisso”, disse Arthur.

AVALIAÇÃO DO CICLO OLÍMPICO

Se de um lado, o paranaense Arthur está no seu primeiro ciclo olímpico, do outro, Evandro já está no seu terceiro e com duas olímpiadas disputadas no currículo (Rio-16 e Tóquio-20). O carioca explica qual é a diferença do seu primeiro ciclo para este.

“Eu posso avaliar que eu estou muito mais experiente. Foi um aprendizado muito grande, as minhas duas últimas Olimpíadas. E estou me dedicando no máximo, principalmente para ajudar muito o Arthur. Porque é um cara que está fazendo a diferença nos jogos, tem me ajudado bastante, tem me deixado bastante à vontade dentro de quadra. Mas eu acho que meu amadurecimento de 2016 para cá, eu colocaria como o ápice do Evandro. Estou no meu auge agora”, explica o atleta.

Arthur também falou desses últimos momentos para a confirmação da vaga. “Estamos a mil, não tem como não estar, é uma vaga olímpica que está em jogo. Estou buscando me concentrar no meu dia a dia, nos treinos, porque eu acho que é só isso que vai me dar confiança para chegar bem lá”, disse o paranaense.

O próximo compromisso da dupla será em Brasília (DF), no segmento Elite 16 do Circuito Mundial, entre os dias 1º e 5 de maio. O campeonato oferece a maior pontuação em nível mundial e conta pontos para a disputa olímpica. A dupla precisa chegar às semifinais da competição para se classificar para os Jogos Olímpicos.

“O importante é mandarmos bem em Brasília, nesta próxima etapa. Estamos muito focados, pensando nos nossos adversários, treinando com base no adversário, que nós já temos uma ideia de quem vamos enfrentar. Até falando em primeira mão, foi um planejamento meu e do Arthur, nós conversamos muito isso, e nós queremos carimbar nossa vaga nesta etapa. Mas caso não aconteça, sabemos que teremos outras oportunidades”, finaliza Evandro.

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