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Discórdia entre vizinhos no final do século XIX é enredo de filme gravado em Ibiraçu

Duas famílias italianas vizinhas discordavam dos limites entre suas terras na cidade de Ibiraçu, no final do século XIX. De tempos em tempos, um lado ou outro aproveitava a ausência do vizinho para redefinir as fronteiras das propriedades, aumentando ainda mais a rivalidade e a tensão entre os desafetos. O professor e policial federal, Otávio Luiz Gusso Maioli, morador de Ibiraçu, vai transformar a história ouvida do avô no filme “As Cercas”.

Desde o dia 13 de abril, Otávio e mais nove autores de histórias selecionadas pelo Curta Vitória a Minas III estão participando de aulas em preparação das gravações que acontecerão nos municípios de origem com o envolvimento da comunidade. A imersão de 15 dias ministrada por profissionais do cinema acontecerá até 28 de abril no Terraço, localizado no alto do Morro da Bica, em Perocão, na Zona Norte de Guarapari.

Os participantes aprendem noções fundamentais sobre roteiro, direção, direção de arte, produção, fotografia, som, montagem, finalização, cinema de grupo, mobilização comunitária e direitos autorais. As aulas acontecem nos turnos da manhã e da tarde, combinando aulas expositivas e práticas, exercícios de sensibilização do olhar e da escuta, experimentações de um set de filmagem e muita troca de vivências. À medida em que compartilha dúvidas e aprendizados, cada autor vai construindo o roteiro, o plano de produção e o plano de filmagem para a história que contou.

Ao final do encontro, eles retornarão para suas cidades de origem para organizar a pré-produção das filmagens, mobilizar outros moradores para atividades técnicas e artísticas, escolher locações, preparar figurinos, buscar objetos de cena, organizar os personagens. Durante as filmagens, profissionais da fotografia, de som e produção se juntarão ao autor e à equipe local. Em seguida, o autor participará da montagem e finalização do curta-metragem. Depois de prontos, os filmes serão lançados em telonas de cinema montadas em ruas e praças durante sessões gratuitas nas cidades envolvidas.

“A oficina é crucial para a proposta do projeto porque oferece uma série de habilidades, conhecimentos e instrumentações essenciais para o filme que tem esse resgate histórico, esse fortalecimento do vínculo da população com sua história e que vai envolver as pessoas, os lugares e o território. Espero que o filme seja um documento para a posteridade”, relata Otávio Maioli.

Além de Ibiraçu, a oficina audiovisual reúne autoras e autores vindos de Colatina, no Espírito Santo, e de Conselheiro Pena, Governador Valadares, Belo Oriente, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Nova Era e João Monlevade, em Minas Gerais. Esta é a terceira edição do projeto que produziu 15 filmes na primeira edição, lançada em 2014, e 10 obras, na segunda edição, lançada em 2022.

O Curta Vitória a Minas é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal. O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.

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