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Com exportações se aproximando dos R$ 4 bi, café gera 400 mil empregos no ES

Consumido em todo o mundo, o café é um dos principais produtos de exportação capixabas e também símbolo da cultura de nosso Estado. Está presente no brasão oficial do Espírito Santo, no campo, na economia, nas mesas de cada família brasileira. Diante de tanta importância, nada mais natural que essa amada bebida tivesse um dia próprio e, neste domingo, dia 14 de abril, apreciadores de todo o mundo celebram o Dia Mundial do Café.

Por aqui, as exportações do grão atingiram uma marca importante e superaram os R$ 3,6 bilhões em 2023, com expectativas de crescimento para 2024. Entretanto, nem sempre foi essa a realidade e, em um passado recente, o Espírito Santo viveu momentos de descrédito no mercado externo, devido à falta de controle e regulamentação da produção cafeeira.

Somente há duas décadas o Estado – que sempre produziu café, justiça seja feita – voltou os olhos para a produção de cafés especiais, através de técnicas desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural do Espírito Santo, o Incaper, o que rendeu um salto qualitativo para o café capixaba.

Quem muito aprecia o resultado dessa valorização de nosso produto é o jornalista e amante do café, Ricardo Aiolfi. De acordo com ele, a oferta de cafés especiais daqui do Estado é uma riqueza que deve ser enaltecida.

“A gente tem uma variedade imensa de tipos de cafés produzidos no Espírito Santo, muitos vindos da agricultura familiar e também de movimentos como o MST e que nada perdem para cafés vindos de fora. Isso é para ser aplaudido, porque conseguimos desenvolver técnicas próprias e que enriquecem bastante o paladar de quem consome a bebida, como é o meu caso”, ressalta.Com exportações se aproximando dos R$ 4 bi, café gera 400 mil empregos no ES

Valorização e prêmios

A valorização dos cafés especiais se tornou parte da cultura cafeeira no Estado a ponto de termos agora uma tradição na conquista de prêmios pelo mundo. Recentemente, pequenos produtores da região das montanhas capixabas foram premiados durante a Semana Internacional do Café (SIC) pela qualidade de seus grãos, tanto arábica quanto canéfora (conilon). O prêmio internacional Coffee Of The Year de 2023 foi vencido por capixabas em suas duas categorias, com o Sítio Cordilheiras do Caparaó, de Iúna, como melhor café 100% Arábica, e o Sítio Três Marias, de Alto Rio Novo, como melhor grão na categoria canéfora.

O resultado rendeu até uma menção honrosa do governador Renato Casagrande, presente na premiação, que aconteceu em Belo Horizonte, no ano passado. “É uma grande satisfação acompanhar de perto esse reconhecimento da qualidade do café produzido no Espírito Santo. Nosso Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura Capixaba é uma referência no Brasil. Além da ampliação dos cafés superiores, visa também o aumento da produtividade e a adequação sócio ambiental das propriedades rurais. O resultado mostra o comprometimento desses cafeicultores e como o setor evoluiu nos últimos anos. Parabenizo os premiados e também a todos os produtores rurais que participaram”, afirmou o governador Renato Casagrande.

Com exportações se aproximando dos R$ 4 bi, café gera 400 mil empregos no ES
Foto Ana
Lucia de Castro/Cafesul

85% da exportação de conilon no Brasil

De olho em mercados internos e também externos, o Espírito Santo se prepara para um ano ainda mais produtivo em 2024 e, sendo o maior exportador de café conilon de todo o Brasil com 85% dos envios nacionais ao exterior, tem papel importante na balança comercial nacional.

“O Espírito Santo é o maior produtor de conilon do Brasil e está em um momento muito especial para os produtores. A competitividade do café brasileiro lá fora, mesmo com preços muito atrativos para o produtor, faz com que o conilon alcance até R$ 800 por saca e, Dada a produção relevante de conilon na safra 2023/24, que pode se repetir no ciclo 2024/25, o Brasil tem conseguido atender à demanda internacional, suprindo dificuldades causadas pelos problemas climáticos na Indonésia e no Vietnã”, avalia o presidente do Conselho de Exportadores de Café do Brasil, Márcio Ferreira, em entrevista recente publicada pelo próprio CECAFE.

De fato, o Espírito Santo é referência na produção de café, sendo responsável por três a cada quatro sacas de Conilon produzidas no País. No ano passado, a área plantada do Conilon no Espírito Santo foi de 259,174 hectares, o que rendeu uma média de 47,7 sacas por hectare e, para este ano, a previsão é de 261.921 hectares plantados segundo dados levantados pela Gerência de Dados e Análises da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

Ainda segundo o levantamento, a cafeicultura capixaba gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos, e está presente em mais de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do Estado.

Texto de Rodolpho Paixão
Edição de Gustavo Gouvêa

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