Diminuir os impactos ambientais deveria ser prioridade das empresas. Apesar de ser uma prática ainda incipiente na maioria dos casos, é possível ver o crescimento desta preocupação com a preservação do meio ambiente, no investimento com as energias renováveis.
Em julho de 2020, após um período de 12 meses para sua implantação, a Usina Termelétrica a Biogás (UTE), que faz parte do Parque de Ecoindústrias da Marca Ambiental, em parceria com a Liberum Energia, começou a operar. Segundo o diretor da empresa, Gustavo Ribeiro, nela a energia renovável é gerada por meio do biogás vindo dos resíduos da Central de Tratamento da Marca.
“O biogás é feito quando os resíduos se decompõem. Depois ele é captado através de uma rede de tubulação da Liberum e enviado para a planta industrial, para passar pelo tratamento. Em seguida o biogás já está preparado para ser enviado aos motores, onde a energia é gerada e injetada na concessionária de energia. Atualmente a usina tem capacidade energética de 3MW (megawatts), equivalente ao abastecimento de uma cidade de cerca de 30 mil habitantes”, afirma o diretor.
Economia
O diretor da Liberum Energia, Filipe Barone, explica que isso está relacionado à logística reversa, quando o lixo é transformado em uma fonte de energia limpa, promovendo a valorização sustentável dos gases gerados. Além disso, a empresa que adere ao sistema de compensação da energia contribui pagando ao consórcio pela energia com desconto. Logo, os clientes conseguem, em média, economizar uma conta de energia por ano e em torno de 15% ao mês.
Ribeiro ainda conta que a planta industrial instalada na Central de Tratamento de Resíduos da Marca, tem a previsão de que no primeiro semestre de 2022 gere energia no patamar de 5MW, tendo cinco motores em funcionamento. “Ou seja, é o equivalente ao abastecimento de um município de 50 mil habitantes”, diz.
Energia solar no ES
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar distribuída no Espírito Santo o coloca na décima oitava posição do ranking nacional da Absolar, já que, sozinho, o estado corresponde por 1,8% do parque brasileiro de energia solar distribuída.
Logo, o estado ganha destaque no seu centro de desenvolvimento de energia solar, de acordo com o coordenador estadual da Absolar no Espírito Santo, Vitor Romero.
“A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de desenvolvimento sustentável, econômico e social para os capixabas, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, argumenta.
Além disso, o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, considera que a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável no país. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, fala.
A Absolar ainda informa que o Espírito Santo possui atualmente 7.676 sistemas em operação, que abastecem cerca de 8.728 consumidores, espalhados por 78 cidades, ou seja, 100% dos municípios capixabas.