A pandemia do novo coronavírus fez com que o Espírito Santo tomasse medidas mais drásticas contra a doença.
Com oito casos confirmados no estado, as aulas de toda a rede municipal, estadual e boa parte da rede privada foram suspensas. Só na Grande Vitória são mais de 171 mil alunos sem aula.
Vila Velha, que conta com cerca de 101 escolas e creches, são cerca de 53 mil alunos sem aulas.
Segundo o município, não haverá o tradicional recesso. O período atual foi uma antecipação das férias de meio de ano. Tudo para contribuir com a saúde dos estudantes e profissionais da área.
Em Cariacica, as aulas também estão suspensas por 15 dias a partir da próxima quarta-feira (18). Ao todo, 48 mil alunos matriculados na rede municipal devem passar os próximos dias em casa. Tanto Cariacica como Vila Velha ainda não definiram se haverá ou não reposição.
Já na Serra, são 70 mil os alunos com aulas suspensas. Segundo a prefeitura, haverá reposição em quantidade igual para os dias suspensos, visto que todas as unidades de ensino precisam cumprir 200 dias letivos.
As férias de julho foram antecipadas em Vitória, também para preservar os alunos. O calendário escolar não foi modificado e a suspensão começa a partir do dia 23 de março. Porém, as unidades de ensino seguem abertas durante esta semana, para a consulta de familiares que tiverem dúvidas relacionadas a medida.
Impactos no desempenho escolar
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), aconselha a aliviar o impacto sobre o currículo escolar de várias formas.
“A primeira coisa é fazer o uso mais extensivo possível de todos os recursos a distância, que podem ser pela internet, pela rádio, pela televisão e todas as formas que permitem aprender e manter contato com a aprendizagem a distância”, disse o representante da instituição, Vincent Defourny.
No Espírito Santo, apenas algumas faculdades adotaram medidas de ensino à distância. Nenhuma adaptação foi sugerida por municípios para escolas de ensino fundamental e médio.
A Unesco destaca que. mesmo que seja de forma temporária, a medida traz um custo social e econômico alto. “Os mais favorecidos ficam com menos oportunidades para crescer e desenvolver. Na área de nutrição, muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola. Os pais com limitações para que os filhos acompanhem o aprendizado a distância podem sofrer com a falta de acesso a ferramentas digitais”, disse.
