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O sangue que salva vidas: jovem grava vídeo pedindo doações

IMG-20180711-WA0027Para não correr o risco de ficar sem sangue, a jovem Letícia Alcântara, 13, decidiu arregaçar as mangas. Quando foi internada, no dia 14 de junho, diagnosticada com leucemia linfoide aguda, ela mesma se encarregou de gravar um vídeo para uma amiga pedindo ajuda da família dela na doação de sangue. Para a sua surpresa, o vídeo acabou viralizando nas redes sociais e a ajuda veio de quem nem conhecia.

“Como Letícia é uma menina muito esperta, e hoje em dia Whatsapp, Instagram, é o que rola, ela fez um vídeo para uma amiga explicando que ela tava precisando de doação de sangue e pedindo para a amiga falar com o pai e com a mãe dela. E amiga passou para outra amiga e assim foi, resultado: esse vídeo viralizou e foi muito bom, porque as pessoas foram, se mobilizaram e doaram. A gente só recebia informações assim: ‘olha, fui lá, doei, e tal’”, relatou a mãe Andreia Monteiro Gonçalves.

De acordo com Andreia, Letícia “sempre foi uma menina muito saudável” e, após picos de febre, fez alguns procedimentos e descobriu que ela estava com leucócitos, plaquetas e hemoglobinas em nível baixo.  Após alguns exames foi constatada a leucemia linfoide aguda – câncer no sangue caracterizado pela diminuição dos componentes sanguíneos anteriormente citados – com necessidade de ser urgentemente tratada, sob o risco de hemorragia. Por isso a necessidade da transfusão sanguínea.  Ela ficará até 40 dias internada, já fez quimioterapia, realizou transfusão sanguínea e reage bem ao tratamento, que dura, em média, dois anos.

E, como o tratamento é longo, pode ser que precise de realizar mais transfusões sanguíneas, ou seja: precisará de mais sangue doado. “Como o tratamento da leucemia é um tratamento longo, de dois anos, nesse meio tempo, dependendo da evolução, de como ela vai reagir à quimioterapia e tudo o mais, ela pode precisar de nova transfusão de sangue. O Homoes conversou com a gente e falou assim: ‘olha, vocês não precisam ir todo mundo no mesmo dia, na mesma intensidade, porque o sangue tem validade’. A necessidade do sangue é diária. Então se uma pessoa for hoje, só daqui a dois ou três meses pode ir novamente. Então, se vai todo mundo de uma vez só, acaba faltando sangue. Porque numa outra época pode precisar e pode não ter. Pode ir aos poucos, vai uma turma, depois vão outras pessoas… A necessidade de sangue aqui nos hospitais é todo o dia”, relata a mãe.

O caso de Letícia é um dos vários que acontecem no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), em Vitória, onde ela está internada. O HINSG é referência em oncologia pediátrica e, por isso, muitas crianças lá estão internadas e também precisando de sangue.

Poucos doadores no ES
“Foi uma generosidade muito grande de quem doou. Porque o sangue é a única coisa que se doa e multiplica vida! Não faz falta ao doador”. A fala é do alegre José Carlos de Oliveira, 60, empresário que precisou de sangue para a realização de um transplante de coração, efetuado no dia 7 de fevereiro deste ano. Como ele, pacientes com os mais diversos tipos de problemas  necessitam todos os dias de sangue quem vem das doações para continuarem vivos. Mas, no Espírito Santo, o número de doadores ainda é muito tímido.

De acordo com informações do Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes), somente três mil capixabas são cadastradas para doar sangue. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que, no mês passado, durante a campanha “Junho Vermelho”, 4.136 pessoas doaram sangue nos hemonúcleos do Estado. Entretanto, quando não há campanhas, nem divulgação midiática, a quantidade de doações é muito aquém do ideal.

No caso de José Carlos de Oliveira tem sangue B negativo. Sangue raríssimo que só recebe de pessoas B negativo ou O negativo. Ele acabou sendo surpreendido por um amigo sobre o qual nem imaginava que tinha o mesmo sangue. Hoje, ele brinca com a situação. “Pra mim a doação foi importantíssima, porque meu sangue é B negativo, ou seja: raríssimo. Fui surpreendido com a doação de um amigo que eu nem sabia que era B negativo, e ele é meio doido. Agora, que tenho o sangue dele correndo na veia, fico enchendo o saco dele, dizendo: ‘descobri porque agora eu tô meio doido”, se diverte Zé Carlos, que recebeu o coração de uma jovem de 23 anos. “A ‘máquina’ tá de 23!”, alegra-se.

Doe sangue, doe vida!
Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes)
Local: Avenida Marechal Campos, 1.468, Maruípe, Vitória
Telefones: 3636-7900/7920/7921

Unidade de Coleta da Serra
Local: Avenida Eudes Scherrer Souza, s/nº (anexo ao Hospital Estadual Dório Silva)
Telefones: 3218-9429/ 3218-9242

Hemocentro de Linhares
Local: Avenida João Felipe Calmon, 1.305, Centro (ao lado do Hospital Rio Doce)
Telefones: 3264-6000/ 3264-6019

Hemocentro Regional de Colatina
Local: Rua Cassiano Castelo, s/nº, Centro
Telefone: 3717-2800

Hemocentro Regional de São Mateus
Local: Rodovia Othovarino Duarte Santos, Km 02, Parque Washington
Telefone: 3767-7954

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