Comenta-se em nosso Brasil varonil que o ano começa pra valer após o carnaval. Apesar de estarmos a poucos dias das festas momescas, e ter sido recém introduzido nesta indústria, tentarei elaborar uma breve antevisão das minhas expectativas para o setor da construção civil em 2024. Atividade econômica intimamente relacionada com o comportamento do desenvolvimento econômico e social de qualquer País.
Impulsionada pela retomada no ano passado de importantes programas de investimentos do Governo Federal, dentre eles, o “Minha Casa, Minha Vida”, e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a indústria da construção civil, especialmente, no segmento imobiliário, projeta um ano de muitos investimentos e aumento da taxa de empregabilidade. Atualmente, com 66 mil postos de trabalho no Espírito Santo.
Por outro lado, o segmento da construção pesada e infraestrutura, ainda aguardam a chegada dos recursos financeiros previstos no PAC da vez, uma vez que, em edições passadas, os recursos orçamentários previstos neste programa, não se converteram em obras iniciadas, muito menos, concluídas. Provocando atrasos nos investimentos da iniciativa privada que adia seus projetos de modernizações de fábricas e ampliações de capacidades instaladas.
Outros fatores econômicos e fiscais, como a redução da taxa de juros que iniciou o ano passado em 14,75% e caiu para 11,75% no final do ano, a queda do nível do desemprego e as reformas previdenciária e tributária (produção e consumo), também permitiram um certo alivio no grau de endividamento das famílias e no acesso, um pouco maior, às linhas de credito para financiamento das empresas.
Diante desse cenário promissor, é razoável projetar para este ano, a consolidação das tendencias de crescimento e estabilização econômica conquistados no ano passado. O sonho da casa própria continua sendo o principal desejo de mais de 6 milhões de famílias brasileiras. Da mesma forma, a construção e/ou recuperação/ampliação de rodovias, portos e aeroportos é fator essencial para reduzir o custo-brasil (logística) e aumentar a competitividade da indústria brasileira.
Além desse ambiente favorável à expansão dos negócios, é esperado um incremento adicional do uso da tecnologia aliada a construção civil. A utilização da Inteligência Artificial (IA) nas construtoras reformulará sensivelmente processos e rotinas, fazendo com que as equipes envolvidas com pessoas e tecnologia dessas empresas se aproximem, cada vez mais, para se adaptarem a essa nova conjuntura que veio para ficar.
E, por último, mas não menos importante, é esperado a partir desse ano, a ampliação das práticas de ESG (ambiental – social – governança) e internalização do conceito de sustentabilidade nos processos decisórios das construtoras e empresas de sua cadeia de produção.
Ficarei muito feliz se ao cabo desse ano, essas expectativas positivas se transformarem indicadores de resultados da construção civil no ES, acreditando firmemente que é possível implementar essa agenda positiva, em decorrência da favorabilidade do cenário econômico nacional e local, aliado a competência técnica das empresas e visão estratégica dos empresários da construção civil do nosso Estado.
