Uma edição extra foi publicada no Diário Oficial do Espírito Santo (Dio-ES) prorrogando por mais uma semana o fechamentos das academias de ginásticas. Segundo o documento, entre segunda-feira, 18 de maio e o dia 23, uma comissão dentro da Sala de Situação – que avalia e define as políticas de enfrentamento à pandemia da Covid-19 – vai avaliar e criar um protocolo para a possível reabertura.
O setor contava que, senão junto, com uma prazo de uma semana após a reabertura do comércio – ainda que em regime de revezamento de setores – a atividade poderia ser retomada, A expectativa, desta forma, é que isso já aconteceria na próxima semana. Mas o Governo do Estado entende que as academias poderão colaborar para a aceleração da curva de crescimento de casos em território capixaba.
De acordo com o governador, Renato Casagrande (PSB), juntamente com outros locais, como elevadores cheios, as academias são locais de alto risco de contaminação do novo coronavírus. Ele disse que a classificação é da Organização Mundial de Saúde.
As academias fazem parte de novas atividades incluídas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, como atividades essenciais. Uma decisão que não foi acompanhada pelo ES. O Governo do Estado estuda um modelo de protocolos para abertura. Mas o empresário e diretor de uma rede de academias, Marcus Frizzera, que está 32 anos nos setor, diz que o ponto agora nem é mais com a abertura, mas sim dela para frente.
“Nós teríamos nove meses para tentar resgatar 60% das clientela que a gente tinha. O ponto nem é abertura, mas nós sobrevivermos com os custos de forma acumulada, como a de luz, água e outros serviços. Esses esses custos não pararam e a gente vai ter que pagar quando abrir. Além disso tem aluguel, que é com todo mundo, e vamos ter todos esses custos acumulado de 60 dias mais os que vão ter, só que agora com a receita diminuída”, contou Frizzera.
Segundo o consultor da Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo (Acages), Armando Fontoura, a conversa está progredindo e as academias já estão preparadas para a reabertura, mas falta a decisão do executivo estadual. “Nós estamos com tratativas com o Governo do Estado. As academia já tem normas de saúde muito rígidas de higiene, isso será aprimorado e espaços serão requalificados de acordo com a normativa de metros quadrados para atender a todos. As aulas aulas coletivas não voltaram nesse primeiro momento, pois aconteceria de forma gradual”, explicou.
Em nota, o Governo do Estado informou que “as conversas com proprietários e profissionais de Educação Física resultaram na criação de protocolos de restrição de circulação e aglomeração, com definição de número de pessoas por área de atividade, higienização de aparelhos e colchonetes, distanciamento entre os equipamentos, marcação de delimitação de distância entre colaboradores e alunos, uso de máscaras e, até mesmo, a sugestão de leiautes para academias”. Além disso, ressaltou que “em ocasião de possível reabertura, o atendimento deve ser agendado por hora marcada, precedido de aceite, pelo usuário, das regras de funcionamento do local”.