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Academias: “Abrir não é mais o ponto, mas sobreviver com contas acumuladas sim”

Academias: "Abrir não é mais o ponto, mas sobreviver com contas acumuladas sim"
Agora, academias de esporte de todas as modalidades passam a ser consideradas essenciais — Foto: Reprodução/Google Maps

A reabertura do comércio nos municípios da Grande Vitória e em Santa Teresa, na região Serrana do Estado, começou esta semana; no entanto, academias de esporte de todas as modalidades ainda permanecem fechadas. O Governo do Estado estuda um modelo de protocolos para abertura. Mas o empresário e diretor da academia Razões do Corpo, Marcus Frizzera, que está 32 anos nos setor, diz que o ponto agora nem é mais com a abertura, mas sim dela para frente.

“Nós teríamos nove meses para tentar resgatar 60% das clientela que a gente tinha. O ponto nem é abertura, mas nós sobrevivermos com os custos de forma acumulada, como a de luz, água e outros serviços. Esses esses custos não pararam e a gente vai ter que pagar quando abrir. Além disso tem aluguel, que é com todo mundo, e vamos ter todos esses custos acumulado de 60 dias mais os que vão ter, só que agora com a receita diminuída”, contou Frizzera.

O debate ganhou ainda mais força na segunda-feira (11), quando o Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), por meio de um decreto, ampliou a lista de serviços considerados essenciais durante a pandemia de Covid-19 (novo coronavírus). Agora, atividades de construção civil, atividades industriais, salões de beleza/barbearias e academias de esporte de todas as modalidades passam a ser consideradas essenciais, desde que obedecidas as determinações sanitárias do Ministério da Saúde.

Mesmo antes da determinação presidencial, a decisão da reabertura cabe ao Governo do Espírito Santo, que já estava em conversa com proprietários e profissionais de Educação Física. A mediação está sendo feita pela secretária de Gestão e Recursos Humanos, Lenise Loureiro.

Segundo o consultor da Associação das Academias de Ginástica do Espírito Santo (Acages), Armando Fontoura, a conversa está progredindo e as academias já estão preparadas para a reabertura, mas falta a decisão do executivo estadual. “Nós estamos com tratativas com o Governo do Estado. As academia já tem normas de saúde muito rígidas de higiene, isso será aprimorado e espaços serão requalificados de acordo com a normativa de metros quadrados para atender a todos. As aulas aulas coletivas não voltaram nesse primeiro momento, pois aconteceria de forma gradual”, explicou. 

Em nota, o Governo do Estado informou que “as conversas com proprietários e profissionais de Educação Física resultaram na criação de protocolos de restrição de circulação e aglomeração, com definição de número de pessoas por área de atividade, higienização de aparelhos e colchonetes, distanciamento entre os equipamentos, marcação de delimitação de distância entre colaboradores e alunos, uso de máscaras e, até mesmo, a sugestão de leiautes para academias”.  Além disso, ressaltou que “em ocasião de possível reabertura, o atendimento deve ser agendado por hora marcada, precedido de aceite, pelo usuário, das regras de funcionamento do local”.

Perdas 

Em razão disso a estimativa de uma volta com apenas 30% do público pode ainda ser ainda menor. Além disso, dos 12 mil trabalhadores diretos e indiretos do setor, cerca de  4 mil podem ficar sem emprego por conta das consequências dos quase dois meses de academias fechadas. Com a baixa, proprietários e profissionais de Educação Física reclamam da dificuldade de conseguirem linhas de crédito e financiamento tanto pelo Governo Federal e Estadual. 

Segundo o diretor da academia Razões do Corpo, que está há quase dois mêses atrás de alguma ajuda, a categoria a partir de agora deveria ser indenizada, como as outras que são consideradas essenciais. “Desde o dia 23 de março estou buscando linha de crédito e não consegui nada, e não é por não ter tentado. Eu já acreditava que nós deveríamos ser indenizados, em especial agora sendo categoria essencial”, disse Frizzera, que estima um prejuízo de quase R$ 300 mil entre juros e prejuízos com a receita.

Por conta disso, o consultor da Acages conta que a associação está com tratativas com o governo para marcar reunião com o secretário de Estado de Desenvolvimento. “Quem tinha reserva já foi pelo ralo em 60 dias, porque não conseguiu capital de giro e tem que manter funcionando e não consegue manter se não tem acesso a crédito desburocratizados e simplificado. Esse encontro é para dizer o que temos disponível e que caminho seguir. No adianta mostrar o crédito e não mostrar qual o caminho”, esclareceu. 

Matheus Passos
Matheus Passos
Graduado em Jornalismo pelo Centro Universitário Faesa, atua como repórter multimídia no ESHoje desde abril de 2021. Atualmente também apresenta e produz o podcast ESOuVe. Ingressou como estagiário em junho de 2019. Antes atuou na Unidade de Comunicação Integrada da Federação das Indústrias do Estado (Findes).

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Comentários
  1. Sujeitar crédito à determinada instituição é uma coisa ridícula. Ao procurar o Banestes, me deparei com a seguinte situação, mudar todas as contas dos meus funcionários e da academia para o Banestes, para que o governo deposite a folha de pagamento dos funcionários. Isso é um auxílio burocrático e específico para a folha de pagamento. E como faremos com as outras despesas? Os bancos estão oferecendo soluções que julgam ótimas. Só se for ótima para eles, é claro. E depois? Voltar com número reduzido de alunos, queda de receita, contas acumuladas, juros de empréstimo… Quem mandou querer ser empresário né! Gerar emprego! Isso é coisa para otários.

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