Depois da Segunda Ponte, foi a vez dos terminais urbanos da Grande Vitória passarem pela vistoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espirito Santo (CREA-ES). Os dez terminais apresentaram problemas e, de acordo com os engenheiros civis do Conselho, o principal fator para essas falhas é a falta de manutenção.
Os problemas vão de estruturas metálicas e de concreto em avançado estado de corrosão, calhas rachadas, pisos cedendo pelo fluxo de veículos pesados e até falta de preservação de contaminação com os reservatórios de água potável, até baratas foram encontradas dentro das caixas d’água do Terminal de Vila Velha, mesmo com todas essas falhas o grupo de trabalho de infraestrutura e mobilidade urbana, responsável pela vistoria, afirma que nenhum terminal precisa de interdição, como aconteceu no terminal de Itaparica em Julho de 2018.
“Na verdade nós não temos nada nos terminais que indiquem um risco eminente, o que precisava ser interditado era o Itaparica, mas já estão realizando o trabalho de manutenção e recomposição. O que temos que prestar atenção é na fata de manutenção principalmente onde a água passa, tanto na estrutura metálica, quanto na estrutura de concreto, porque a passagem dessa água vai gerar oxidação da armadura e a longo prazo pode acontecer um colapso da estrutura e essa preocupação tem que haver”, explica o vice-presidente do CREA, Ricardo Guariento.
O presidente da Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (PDT) afirmou que emitirá uma nota legislativa recomendatória de urgência e encaminhará para a Companhia Estadual De Transportes Coletivos de Passageiros do Estado Do Espírito Santo (Ceturb/ES) e a Secretaria de obras públicas (SETOP) para que as medidas recomendadas no laudo técnico do CREA-ES sejam efetuadas.
“Aprovamos agora a nota legislativa recomendatória que é um passo similar ao do Ministério Público e caso não seja cumprido o que foi editado nessa nota nós ajuizaremos uma ação e provocaremos os órgãos de fiscalização e controle para que junto conosco possam agir cobrando os responsáveis” destaca o deputado.