A busca cada vez maior por qualidade de vida e, ao mesmo tempo, a preocupação com a preservação do meio ambiente têm aumentado a procura pelos chamados imóveis sustentáveis.
Essa preferência dos consumidores foi confirmada por pesquisa, divulgada recentemente pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.
Segundo o levantamento, 57% dos entrevistados buscam imóveis que tenham espaços arejados e integrados com a natureza e 56% disseram que estariam dispostos a pagar mais por um imóvel com tecnologia verde. Foram ouvidos 14 mil brasileiros em 2021, dentre eles, 850 pessoas que compraram imóveis no último ano.
Mas afinal, o que são esses tipos de construções? Para serem considerados sustentáveis, os imóveis devem ser erguidos por meio de processos que causem o menor dano possível ao meio ambiente não só durante a obra, mas também depois de entregues.
Isso é possível com tecnologia avançada, que permite, por exemplo, o reaproveitamento da água da chuva e o uso de biodigestor na rede de tratamento de esgoto, que decompõe a matéria orgânica sem necessidade de fossa ou sumidouro. O resultado é a devolução da água com mais de 90% de pureza para o meio ambiente, não causando danos à qualidade dos rios.
A energia também tem menor impacto quando captada por placa solar, que realiza a conversão da luz do sol em energia elétrica.
Essas tecnologias ajudam a reutilizar recursos, reduzir perdas e impactos e diminuir a conta no final do mês. Os empreendimentos sustentáveis conseguem reduzir, em média, 20% do consumo de energia e 45% do de água, por exemplo.
Com conscientização de que os recursos naturais não são ilimitados, é possível explorar com responsabilidade para que as gerações atuais e futuras possam desfrutar de um planeta ainda preservado.
Leandro Cunha
Engenheiro, especialista em Incorporação e Negócios Imobiliários e diretor de negócios da FHS Construtora e Incorporadora
