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quarta-feira, 1 de maio de 2024

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Novo tratamento para ceratocone diminuí índices de transplante de córnea

Com o avanço da medicina hoje é possível encontrar diversos tratamentos que utilizam mais tecnologia e inovação. Um exemplo é o Crosslinking, uma cirurgia utilizada para tratar o ceratocone que é uma doença que atinge a córnea e pode deixar a pessoa quase cega. Estudos revelam que no Brasil, cerca de 21% dos pacientes com a doença nos olhos precisam realizar um transplante. A nova técnica promete diminuir esse indicador.

A oftalmologista Klicia Molina explica o procedimento: “O Crosslinking é menos agressivo que um transplante em termos do procedimento e recuperação. Mas deve ser realizado antes que surja a necessidade de realizar um transplante. O objetivo da técnica é induzir o aumento da rigidez e da resistência da córnea, permitindo que ela não se altere com o passar dos anos, diminuindo os impactos à visão, o que melhora significativamente a qualidade de vida do paciente e reduz as chances de que um dia ele venha precisar de um transplante de córneas”, explicou Molina.

De forma mais clara, essa técnica reforça a estrutura dos olhos, dessa forma retarda a evolução do ceratocone, podendo até mesmo estagná-lo.

A oftalmologista conta que é aplicado nos olhos um colírio especial à base de riboflavina (vitamina B2). Para que ele seja ativado é necessário um feixe de luz de raios ultravioleta, por alguns minutos, que podem variar de acordo com cada protocolo. “Nós temos muito o que comemorar com essa técnica, porque sua efetividade chega a ser superior que 90%. Isso mostra os avanços no tratamento da doença”, destacou a médica do Hospital de Olhos de Vitória.

Sobre o Ceratocone

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, a doença atinge cerca de 150 mil pessoas por ano. O ceratocone tem origem genética e hereditária. Sua evolução é lenta e geralmente se manifesta entre 10 e 25 anos. Contudo, é possível que possa surgir após os 40 anos de idade.

A principal característica é o aumento da curvatura da córnea, associado a redução progressiva na espessura da parte central da córnea, que é empurrada para fora, formando uma saliência com o formato aproximado de um cone, por isso o nome ceratocone.

Sintomas

Alguns casos não apresentam sintomas, quando eles aparecem a doença já está evoluida. No geral, o sintoma mais característico é a perda progressiva da visão, que se torna borrada e distorcida, mas como ocorre em um olho primeiro, a pessoa demora para perceber porque o outro olho ainda tem uma boa visão, esse é o grande perigo.

É possível realizar o procedimento tanto no setor público quanto no privado. O valor depende da necessidade de utilizar implantes e dispositivos. No SUS, o paciente deve passar por um médico especialista que avaliará o caso e verificará o grau da doença. Além disso, o procedimento só está disponível em alguns estados como Belorizonte, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.

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