Não há registro no Espírito Santo de pessoas com o novo coronavírus, mesmo com nove casos suspeitos registrados no Brasil nos últimos dias.
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No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), junto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os municípios capixabas, por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), Pronto Atendimentos (PA) e hospitais, elaborou um Plano Estadual de Enfrentamento ao novo coronavírus.
Nos hospitais Infantil Nossa Senhora da Gloria, em Vitória, e no Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, estruturas hospitalares foram criadas e preparadas para possíveis casos.
De acordo com o coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Sesa, Luiz Carlos Reblin, o primeiro passo para suspeitar de que alguém tenha contraído o novo coronavírus é o vínculo com alguma pessoa que tenha estado na China, onde os casos começaram e ganharam grandes proporções.
“Hoje, qualquer pessoa com sintomas, como febre, tosse, coriza e dificuldade respiratória, o profissional de saúde irá perguntar o vínculo com alguém que viajou à China. Caso ele tenha, o tratamento será diferente”, frisou Reblin.
Porém, só de apresentar os sintomas, o procedimento de realização de exames e coleta de material será feito, para que seja identificado o novo coronavírus, ou até mesmo, outras doenças virais, entre elas a influenza, conhecida como gripe.
Se não for identificado nenhuma outra doença viral, em laboratório, o material será encaminhado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a partir de segunda-feira (3), terá uma sala de situação para analisar semanalmente os casos identificados e ações de combate.
Sem sintomas
Mesmo diante das primeiras informações sobre o vírus e os sintomas, no Japão foram confirmados casos de infecção por coronavírus sem sintomas, sendo os primeiros de conhecimento público fora da China. Segundo o coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Sesa, cabe a questão individual, de a pessoa ter vínculo com alguém que adoeceu e que foi a China ou que teve contato com alguém que esteve no país asiático.
“Neste momento não há outra forma de saber se a pessoa tem ou não, a não ser pelos sintomas. Nesse momento você têm pacientes com sintomas mais leves, que é a grande maioria, e outras são assintomáticos. A pessoa deve buscar um serviço de saúde e informar que teve convivência e que sabidamente adoeceu pelo coronavírus. Aí a unidade irá proceder a coleta de material para saber”, explicou.
Ainda de acordo com Reblin, o descarte, de se é ou não influenza, é rápido, sendo feito em até 24 horas. Já para evitar o novo vírus e também outros, as orientações são básicas, como: lavar as mãos, utilizar álcool em gel, evitar estar com contato com pessoas doenças de transmissão e locais aglomerados.