Preço competitivo, qualidade mantida e os grandes empresários e industriais comprando dos pequenos produtores. Essa é a proposta de uma ação que, na avaliação do empresariado capixaba, dará resultado prático na economia do Espírito Santo neste momento de pandemia do covid-19 se o consumidor estiver na outra ponta. O lema é “capixaba consome dos capixabas”.
De acordo com o projeto, não se trata de uma competição entre produtos capixabas e de fora do Espírito Santo, mas um incentivo que, segundo os empresários, permitirá a manutenção de empregos, geração de renda e impostos para o Espírito Santo.
“Quando se compra um produto de dentro do Espírito Santo, você valoriza e gera riqueza e renda. Muitas pequenas e medias indústria e estabelecimentos comerciais estão fechados por causa da pandemia. Então, mais do que nunca temos que mudar a cultura de quem mora no estado, para comprar o produto produzido aqui. O momento não é de crise só na saúde, mas precisamos cuidar da economia, dos empregos. Todos precisam abraçar essa causa. Isso não é a chave do sucesso, mas na Itália pós-Segunda Guerra foi assim que eles se recuperaram. Estamos em meio a uma verdadeira guerra e ser fizermos o dinheiro circular na região, manteremos a economia”, explicou o idealizador do projeto, o cafeicultor e empresário Egídio Malanquini.
Ele ressalta que, a ideia é, inicialmente, levar aos capixabas a missão de consumo interno. Para isso, a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio-ES), que abraçou a causa, estuda a criação de um selo e a reorganização do comércio. “Assim facilitaria os capixabas identificarem”, destacou. Malanquini. Ele acrescentou ainda que a disponibilidade nos supermercados poderão ser reavaliadas, facilitando o acesso. “Mas, o mais importante é, assumir para si e já chegar ao comércio perguntando: onde tem produto capixaba?”, acrescentou.
O empresário disse, ainda, que o momento é de os empresários e industriais compreenderem que o pode de compra dos brasileiros – e dos capixabas não é diferente – está caindo e a questão é de sobrevivência. “Precisamos nos manter firmes e esse projeto estava sendo pensado para o segundo semestre. Mas adiantamos porque precisamos sobreviver, manter os empregos. O momento não é de pensar em lucrar, mas de sobreviver. Todos estão sendo sensibilizados de que o momento é de rever e manter o negócio, não é ganhar dinheiro é passar essa tempestade. Esse é o primeiro passo de uma mudança do mercado, tanto do consumidor quanto do mercado”.
Segundo o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli a campanha precisa das duas pontas: grandes empreendedores e consumidor final. “Por meio do programa incentivamos a industria local a fornecer ao comercio local, cujas vantagens são preço em conta, reposição mais rápida, o comercio não precisa fazer tanto estoque. O preço final acaba ficando mais em conta, por questão de logística. Se o cliente final, na outra pronta consumir o que é feito e produzido pelo Espírito Santo, valorizar as nossas marcas, teremos melhores condições de preço em principalmente garantimos negócios e empregos”, acrescentou.
Zanotelli disse ainda que a qualidade dos produtos é uma obrigação dos empreendedores, e o preço precisa atender o momento que o país está vivendo, sobretudo quando a preocupação é a perda do poder de comprar. “O objetivo é sobreviver e existe um movimento das grandes industrias ajudar as pequenas industrias. Existe esse direcionamento para os produtos regionais, até porque a perda de arrecadação no estado será grande, mas queremos segurar o quanto for possível”, finalizou.
