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Com divulgação, conduta assediadora de maestro capixaba é reforçada em comentários

Após a divulgação da reportagem na qual o maestro Leonardo David é acusado de assédio, o caso ganhou repercussão, com comentários reforçando a conduta assediadora dele com músicos e ex-integrantes das orquestras Camerata Sesi e Sinfônica Capixaba. O Ministério Público Estadual (MPES) apura o caso.

Em um dos comentários, a pessoa afirma que trabalhou “como violinista ao lado de Leonardo por muitos anos e a conduta ‘profissional’ dele sempre foi da mais questionável. Autoritário, mesquinho, gostava de humilhar as pessoas em público durante ensaios. E todo mundo viu como tratava moças jovens”.

Uma segunda pessoa afirma que grandes amigos “sofreram na mão desse ‘profissional’. Em outro comentário, é denunciado que “principalmente na música de concerto, infelizmente, os assédios são condutas corriqueiras”.

De acordo com outra internauta, “qualquer pessoa que conhece algum música das orquestras do ES sabe exatamente a que os músicos são submetidos”

Em comum, os comentários são de “justiça sendo feita”.

O caso

Quase 100 pessoas procuraram o Ministério Público Estadual (MPES) para denunciar o fundador e então regente da Orquestra Camerata Sesi, Leonardo David, por assédios. ESHOJE teve acesso e conversou com cinco vítimas, que tiveram as identidades preservadas.

A advogada que está acompanhando o caso, Renata Stefan, afirma que foi procurada por diversos músicos integrantes da orquestra.

“As denúncias de assédio moral e sexual tiveram início através das redes sociais. A partir disso, a Findes teve uma postura exemplar ao investigar e demitir o funcionário por justa causa”.

Renata também afirma que as pessoas tinham medo de serem demitidas. “A minha orientação foi para que elas encaminhassem as denúncias ao MPES. Independente da quantidade de pessoas que fizeram as denúncias, os fatos devem ser apurados”.

Uma das vítimas afirmou que o silêncio dos integrantes da Orquestra Sinfônica, por exemplo, se deve ao medo.

“Primeiramente que 75% dos músicos têm um contrato temporário, sendo apenas 25% efetivos. É um contrato ilegal e quase imoral, de apenas um ano, podendo ser renovado para mais um. O medo vem a partir disso, das ameaças. Ele diz ser muito influente. Portanto, fazia tudo escancaradamente. Nos xingava, dizia que a gente não valia nada. Falava para quebramos nossos instrumentos, entre tantas outras coisas. Para se vingar de quem o confrontasse, ele reprovava através das notas. Não tem como provar que o concurso é idôneo”.

O outro lado

Procurado, Leonardo David afirmou que é inocente de todas as acusações e que jamais faltou com o respeito a ninguém. Disse que confia na apuração dos fatos, que trarão “a verdade”.

A Secretaria Estadual de Cultura do Espírito Santo (Secult-ES) informou que recebeu ofício do MPES no dia 25 de agosto e que “o documento foi respondido com a solicitação de mais informações para que seja aberto o processo interno de apuração”.

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