Se o motivo do assassinato do percussionista Guilherme Rocha foi o pedido para diminuir o som, na madrugada de 17 de abril deste ano, a Polícia Civil informa que a vítima teve bastante paciência.
A Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, concluiu o inquérito policial que investigou a morte no bairro Jardim Camburi e apresentou imagens que comprovam que Guilherme solicitou ao policial militar e seu assassino, Lucas Torrezani, que diminuísse o som.
A primeira tentativa, e as imagens mostram que o contato entre os dois naquela noite foi tranquilo às 2H22m:
Cerca de meia hora Guilherme voltou à portaria do prédio, pedindo novamente pela diminuição do barulho, uma vez que era de madrugada.
Já a terceira vez, quando o percussionista voltou ao espaço, cerca de 10 minutos após a segunda tentativa, foi recebido por Lucas, de 28 anos, apontando para ele a arma – usada no assassinato instantes depois. O militar foi preso em flagrante e agora é réu no processo, em como amigo dele, que também foi indiciado.
Na segunda-feira passada a polícia civil concluiu as investigações e Lucas foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima combinado com abuso de autoridade. Ele já está preso preventivamente.
O rapaz que estava com ele, Jordan Ribeiro de Oliveira foi apontado como coautor, por ter empurrado a vítima. Ele está sendo indiciário por motivo fútil, homicídio duplamente qualificado. Ele vai responder em liberdade.