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Ideologização

Editorial/ES HOJE

A possibilidade de morte, pela Conad19, de muitos milhares de brasileiros, parace não sensibilizar na proporção necessária as principais lideranças políticas do País.

Cerca de 15 dias antes do Carnaval, o presidente Jair Bolsonaro decretou estado de emergência nível três, o mais elevado. E enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei com regras para a quarentena.

E o que fez a classe política brasileira? O que fez a grande mídia corporativa? Absolutamente nada. Melhor: fez ouvidos de mercador.

Restringir de qualquer forma a maior festa popular do País era uma heresia. Não seria um vírus chinês – portanto com tudo para ser de curtíssima duração – que iria estragar as finanças públicas.

Assim, governadores e prefeitos, sobretudo respaldados pela Rede Globo, montaram um esquema de guerra não para combater o que já era o inimigo anunciado, mas para levar milhões de brasileiros às ruas. Grandes concentrações, aglomerações criminosas, tudo em nome da alegria.

A conta, é claro, não tardou a aparecer. O Brasil é hoje um dos países em que o coronavírus tem se apresentado com credenciais de quem veio com visto permanente.

A hipocrisia reinante no seio da classe política brasileira, no entanto, parece não ter limites. A preocupação, hoje, não é com a saúde da população, mas em apontar um culpado.

Maior gravidade é que muitos de nós podemos estar com o coronavírus em sua forma assintomática.

Tentaram, de saída, eleger o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Não funcionou porque seu trabalho teve imediato reconhecimento por médicos brasileiros e pela Organização Mundial de Saúde.

Houve, então, uma tentativa – ainda em suspenso – de inverter o processo, provocando intrigas entre Mandetta e Jair Bolsonaro, na certeza de que o presidente, impulsivo e desequilibrado, sobretudo em situações onde sua autoridade é questionada, reagiu com a virulência habitual, e só não conseguiu alcançar seu intento porque ainda já no governo gente de bom-senso. Existem, sim, ainda que sejam quase uma raça em extinção.

A quarentena é uma necessidade inquestionável. O isolamento, da mesma forma, sobretudo porque estudos preliminares indicam que o coronavírus é mais resistente em climas frios. E o inverno está batendo à porta de cada família brasileira, de forma particular de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Isso, certamente, serviu para despertar a atenção de nossas lideranças. Não. Definitivamente não. Os parasitas de sempre estão muito mais preocupados com manifestas intenções de transferir os recursos dos fundos partidário e eleitoral para a prevenção e combate à Conad19.

Isso sem contar que há mai9s de 80 mil brasileiros comemorando, de fato, a possibilidade de não realização das eleições dm 2020. Isso significa, em última análise, a prorrogação de mandato para eleições coincidentes em 2022.

O único risco real é que não haja número suficiente de eleitores em 2022…

Fato é que nossas lideranças políticas têm se mostrado incompetentes, despreparadas e absolutamente ambiciosas demais num momento de tamanho sofrimento para a totalidade de nossa população. Insensibilidade psicopatológica.

Nossos governantes continuam agindo como se a simples proposta de utilização dos recursos dos fundos eleitoral e partidário lhes doesse no coração.

Mas o coração dessa gente está nos bolsos.

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Comentários
  1. Eu concordo plenamente, o carnaval 2020, não deveria ter sido realizado.
    Quanto a preocupação do presidente com a quarentena e o isolamento social eu tenho minhas dúvidas, ontem estava nas ruas abraçando as pessoas. Existe no Brasil uma politização da crise o que é muito ruim, o que tem que prevalecer é o que os cientistas aconselham, cada macaco no seu galho.

  2. Até parece que Bolsonaro aprova mesmo o isolamento… Com certeza um artigo apenas para o erroneamente de gado que segue as cegas e sem pensar. Qualquer um com um pouco de senso sabe bem o ocorreu também no dia 15 de março e nos diversos outros dias até agora vindo diretamente do presidente. Chama-los de gado é erro porque bois e vacas algumas vezes escapam dos matadouros. Eles percebem o perigo, saltam dos caminhões…eles pensam. E a turma do presidente mesmo que sintam o que lhes pode acontecer nada faz e ainda aplaude.

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