Dólar Em alta
5,196
1 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024

Vitória
25ºC

Dólar Em alta
5,196

Com medo da violência, comércio funciona em horário especial

Thaís Rossi – [email protected]

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2017/02/09/70x70/1_loterica_thais-216736.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'589c9d393c032', 'cd_midia':216737, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2017/02/09/465x200/loterica_thais_min_cdb-216736.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Thais Rossi', 'ds_midia_titlo': '', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '465', 'cd_midia_h': '199', 'align': 'Left'}Horários especiais, abertura a meia porta e medo. Assim estão agindo os comerciantes que resolveram abrir as lojas na Grande Vitória, mesmo sem policiamento nas ruas. Algo que virou rotina nos últimos dias. Em uma volta pela capital, é possível perceber que pelo menos 90% do comércio ainda está fechado após seis dias com as portas abaixadas.
{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2017/02/09/70x70/1_fechado_thais1_jpeg-216742.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'589c9ec45f186', 'cd_midia':216743, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2017/02/09/300x200/fechado_thais1_jpeg_min_cece-216742.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Thais Rossi', 'ds_midia_titlo': '', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '300', 'cd_midia_h': '200', 'align': 'Left'}Manoel Romero é dono de um restaurante no Centro de Vitória. Essa foi a primeira vez que ele abriu nos últimos três dias. Mesmo assim, somente para receber mercadorias e tentar reverter o prejuízo de R$ 10 mil causado por roubos.
“Os bandidos me visitaram de sábado para domingo. Roubaram meu computador com todas as informações contábeis. E de domingo para segunda, 15 pessoas, entre mulheres e crianças, fizeram um arrastão. Arrancaram uma porta enorme e levaram panelas e utensílios. Me deram um prejuízo danado. Não estou podendo nem trabalhar, porque não tem ônibus. Estou machucado, porque me atraquei com um bandido. Meus funcionários moram em bairro de periferia. Enquanto a polícia não voltar para a rua, eu não abro”.
Já o aposentado Aloísio Matos de Souza, abriu a ótica na Av. Maruípe no lugar do filho. Funcionando em horário especial, às 12h ele baixou as portas. “Meu filho não veio porque não pode, e eu estou no lugar dele. Vou fechar 12h com medo da violência. Ontem também foi assim. E se continuar, amanhã não vai abrir. Deixo de ganhar uns R$ 2 mil por dia”.
Elemilton Miguel Coelho é dono de uma loja de roupas na mesma Avenida. Abrir o comércio é de acordo com o dia. E com as contas vencendo, está cada vez mais difícil. “Nos não estamos seguros, está um caos. Temos medo desses arrastões que estão acontecendo. A gente decidiu abrir, mas é de acordo com o decorrer do dia. Na segunda abrimos, mas um boato de arrastão na Av. Marechal Campos nos fez fechar. Ontem foi atípico, porque não teve ônibus, ficou deserto, e nos fechamos de novo. E hoje estamos aqui, porque não podemos entregar. É pela necessidade. Outros comércios abertos ao lado nos encorajam a abrir. Fora que nos temos despesas, encargados. E se você não paga, é reajustado. O governo deveria ver isso. Cheques foram dados, duplicatas, estão vencendo. Estamos encurralados, cada dia que passa é pior. E as pessoas não estão vindo para rua comprar o que precisam”.
Já o gerente administrativo de um kilão em Jardim Camburi, que preferiu não mostrar o rosto, tenta se sentir um pouco mais seguro com a passagem do exército na frente do local.
“A gente esta funcionando em horário reduzido. Para garantir a segurança, estamos buscando os funcionários em casa. Temos acompanhando a movimentação de militantes ao lado de fora da loja, com seguranças externos. Estamos tentando fazer o possível para garantir a segurança do cliente, e atender as necessidades de urgência”.
Lotérica lotada
Na Avenida Serafim Derenzi, que fica um pouco mais a frente, a dificuldade foi para quem precisa pagar as contas. A fila em uma lotérica era enorme, e a espera era de até 2h30. Quem estava na fila afirmava que era a única lotérica aberta. Por funcionar próxima ao Quartel da Polícia Militar, muita gente se sentiu segura para sair de casa.
“Ta meio caótico, a fila só vai crescendo. Só tem essa para atendimento, está tudo fechado e eu preciso pagar as contas que estão vencendo, vem os juros. As pessoas precisam receber. Não tem jeito, ficamos a mercê. Hoje está melhor, porque ontem virou a esquina!”, afirmou o gerente de restaurante, Luiz Phelipe dos Anjos.
A auxiliar de serviços gerais Maria da Glória Gomes chegou as 9h30. 1h30 depois, ainda não tinha sido atendida. “Está muito difícil. Não vou conseguir pagar a conta de luz, porque a caixa não recebe. Só mesmo a de água e alguns boletos. Só Deus que horas eu vou sair daqui”.
Já o porteiro Renato Correia mora próximo, mas relatou que muitas pessoas vieram de longe para conseguir pagar as contas. “Essa greve esta gerando dificuldade. Esta chovendo, tem gente a mais de 1h30 aqui. Espero que o governo resolva logo, porque tem quem venha de longe pra pagar contas. Isso porque as lotéricas mais distantes não estão abrindo com medo da violência”.

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas