Vitória lidera o ranking de pessoas infectadas com a sífilis entre as capitais do país, com taxa de 222,3 casos a cada 100 mil habitantes. Os dados são do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde e se referem ao ano de 2019. O levantamento mostra que 16 capitais apresentaram taxa de detecção de sífilis adquirida mais elevada que a nacional, que é de 72,8 casos.
A capital do Espírito Santo apresenta, ainda, uma das maiores taxas de detecção de sífilis em gestantes. A cidade ocupa o quarto lugar, com taxa acima de 40 casos; acima da média do país, que é de 20,8 casos.
Por outro lado, quando se trata de sífilis congênita, isto é, quando transmitida durante a gestação ou no parto, a capital apresenta uma das menores taxas de incidência, inferiores à do Brasil. Vitória faz parte do grupo de 13 capitais que ficaram com média abaixo de 8,2 casos.
Nenhum estado apresentou taxa de incidência de sífilis congênita mais elevada que a taxa de detecção de sífilis em gestantes. De acordo com o Boletim, o dado pode refletir a melhora da notificação dos casos de sífilis em gestantes no país.
A Prefeitura
A Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) destacou, por nota, a criação do Plano de Enfrentamento da Sífilis a fim de reduzir tanto os casos de sífilis congênita quanto os de sífilis adquirida. “Vitória reduziu em cinco vezes o número de casos de sífilis congênita, de 65 casos, em 2016, para 13 casos. Isso significa uma queda de 80% nos registros”, relatou.
As medidas de acompanhamento são fundamentais para o controle da doença, como por exemplo o pré-natal precoce e o teste rápido para detecção já na primeira consulta.
A pasta municipal informou ainda que é realizada constante capacitação das equipes de saúde, contemplando enfermeiros, médicos, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde e, também, a sensibilização dos profissionais pela causa.
A Semus ressaltou que oferta preservativos (camisinhas) masculinos e femininos em todas as unidades de saúde como método eficaz para prevenção às infecções sexualmente transmissíveis, como Aids, alguns tipos de hepatites e sífilis; além disso, seu uso evita uma gravidez não planejada. Todas as unidades de saúde realizam o teste rápido e a aplicação de penicilina.
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