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Segundo economista, nota de R$ 200 não gera inflação, mas falta transparência

Apresentada nessa quarta-feira (02) pelo Banco Central, a nota de R$ 200 gerou dúvidas sobre as motivações que levaram ao lançamento da nova cédula. As dúvidas também se referem às consequências da medida, sendo especulado até um possível aumento da inflação. De acordo com a economista Arilda Teixeira, no entanto, a estratégia econômica não gera inflação, mas falta transparência quanto aos reais motivos da estratégia econômica.

A economista explica que, no atual contexto econômico do país, o lançamento da nota não provocará o aumento da inflação. “O país está em recessão. É uma queda de atividade econômica. isso significa a queda de emprego, queda de consumo. Então não há elemento dentro do mercado que pressione o preço porque se a demanda está baixa”, argumenta.

O Banco Central defende que o lançamento era fundamental para evitar um eventual desabastecimento do papel-moeda por causa da pandemia. Para a economista Arilda Teixeira, se trata de uma estratégia técnica para minimizar os custos da emissão das cédulas que o governo tem colocado em circulação em programas de transferência de renda como o auxílio emergencial.

“A emissão desse dinheiro que tem sido colocado em circulação tem um preço. Nesse processo, tem a diferença entre o custo da emissão de cada nota e o valor de face da nota. Como esse custo de impressão é alto, a ideia é imprimir uma nota com o valor de face maior que os custos da impressão”, explica.

Para Arilda, se trata de uma decisão técnica para otimizar os recursos, mas o problema está nos desdobramentos da medida que, de acordo com ela, não foi  explicada pelo Banco Central. “Eles tinham essa a obrigação de dar transparência para esse procedimento porque qual é o sentido de lançar essa nota de R$ 200 reais em um país que tá em recessão, com uma renda média de R$ 2 mil reais, quase 50% do mercado de trabalho no mercado informal, e ganha menos de um salário mínimo?”, questionou.

Somado ao cenário descrito pela economista está o desemprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pelo menos três milhões de pessoas ficaram sem trabalho devido à pandemia. Os dados foram indicados na edição semanal da PNAD COVID19 divulgada no dia 14 de agosto.

Alta nos preços

Segundo economista, nota de R$ 200 não gera inflação, mas falta transparência

Além do desemprego causado pela pandemia, a nota é lançada em um momento que consumidores também reclamam da alta dos preços de alguns produtos da cesta básica. Nas redes sociais do EsHoje, leitores alegam que os preços de alguns produtos nos supermercados estão abusivos.

“Tá tudo um absurdo. leite integral 4,20 leite condensado 6,00 arroz 18,00 feijão 10,00 óleo 5,40 onde vamos parar com tudo subindo assim ??? Os supermercados foram os únicos que não fecharam e lucraram muito nessa pandemia e os preços cada dia estão mais altos”, afirmou um dos comentários.

De acordo com a economista Arilda Teixeira, o aumento dos preços desses produtos se deve ao aumento da taxa de câmbio, ocorrida há meses atrás.  “A maioria dos insumos para a produção desses itens é cotados em moeda estrangeira ou comprados em moedas estrangeiras. Quanto maior a taxa de câmbio, mais encarece o custo para produzir”, ressaltou.

O diretor-presidente do Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES), Rogério Athayde, informou que este ano o órgão recebeu 463 denúncias de preços abusivos. “Nós fiscalizamos 113 estabelecimentos. Fomos aos locais e, a princípio, não constatamos a presença de preços abusivos, mas isso está em análise no nosso jurídico”, declarou.

Rogério destacou a importância das denúncias junto aos órgãos fiscalizadores. “Se o consumidor se sentir prejudicado, procure o Procon estadual, pelo telefone 151, denuncie pelo aplicativo ou procure o Procon municipal para que a gente possa verificar”, pontuou.

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