Após a conclusão do inquérito policial que apurou a tentativa de homicídio sofrida no dia 1º de maio de 2024 pelos policiais militares Saimen Oliveira Rodrigues e Marcos Vinicius Trindade Santana, no bairro Cidade Pomar, na Serra, a polícia reforça o pedido de denúncias para localizar três suspeitos identificados como Rodrigo Ramos de Amaral, de 39 anos, Marcos Vinícius Ramos de Amaral, de 36 anos e Joelson Nascimento de Jesus, de 30 anos, conhecido como Gugu que seguem foragidos.
De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), o inquérito foi concluído por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, cinco homens foram indiciados pelo crime, dois deles, David dos Santos, de 27 anos e Pablo Correa Valadares, 30 anos, apelidado de Pablo Escobar, estão presos, e três se encontram foragidos.
O crime
O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Pedro Henrique, relembrou o dia do crime, ocasião em que o PM Saimen Oliveira foi baleado na cabeça durante uma abordagem policial.
“A tentativa de homicídio ocorreu durante serviço noturno. Na ocasião, os policiais Saimen e Santana estavam na viatura em patrulhamento preventivo quando perceberam um carro em atitude suspeita. No carro estavam os cinco suspeitos que fizeram uma manobra brusca ao ver os militares. A atitude deles fundamentou a abordagem”, disse.
O delegado ressaltou que durante a fuga foi dada ordem de parada, o que foi desobedecido pelos suspeitos. “Além de desobedecer a ordem eles, que estavam todos armados, atiraram contra os PM’s durante a fuga. Poucos metros do atentado, o grupo bateu em um muro na rua Jabuticaba, na Cidade Pomar, na Serra”, contou.

O delegado completou que, no primeiro momento, os militares não revidaram o tiro, mas após a colisão houve troca de tiros e em seguida os irmãos Rodrigo (que dirigia o carro) e Marcos se renderam.
“Eles viram que estavam cercados e acabaram se rendendo. Neste momento, Rodrigo motorista e irmão desceram e se renderam. No momento, o soldado Santana ficou na contenção verbalizando, enquanto Saimen se aproximou do carro para varredura.”
O delegado Pedro Henrique esclareceu que não houve erro por parte dos militares que realizaram a conduta padrão. “Ao se aproximar do carro para realizar a varredura, um suspeito que estava na traseira do veículo surpreendeu Saimen com um tiro que pegou na cabeça”, lembrou.
Mesmo atingido, o PM Saimen não perdeu contato do carro. “Ele foi cambaleando e se encostou em um muro. Mesmo sem conseguir reagir, viu dois suspeitos saindo do carro. Quando viu o irmão de farda ferido, o PM Santana foi socorrer e acabou perdendo contato visual com os suspeitos”, disse.
Protocolo de morte cerebral
Após o fato, o soldado Saimen foi socorrido por uma guarnição da Força Tática e levado ao hospital. Na época, Saimen perdeu massa encefálica, ficou 15 dias em coma e chegou a ser aberto um protocolo de morte cerebral.
“Mesmo depois de tudo isso, com protocolo de morte cerebral, coma, ele sobreviveu, se recuperou, fez fisioterapia e prestou depoimento, que foi essencial para identificar os envolvidos, foi ele que identificou Joelson, o Gugu e Pablo. Foi uma recuperação lenta, uma investigação complexa, porque aguardamos a inteira recuperação dele. Mas o laudo comprova que Saimen tem total capacidade da realidade, não perdeu memória, o que ele tem hoje é algo cognitivo, dificuldade na fala”, esclareceu.
Denúncia falsa
O delegado afirmou ainda que após o crime, o suspeito Rodrigo, dono do carro ligou para esposa e pediu que ela registrasse um boletim de ocorrência de roubo. “Essa foi uma tentativa de despistar a polícia. Por esse crime, a companheira dele também vai responder criminalmente, por comunicação falsa.”
Presos

Após o confronto, o suspeito David ficou ferido e acabou sendo preso no Hospital Jayme dos Santos Neves durante atendimento médico, já Pablo foi preso em setembro de 2024 depois de um confronto com militares no bairro São Diogo, também na Serra, declarou o delegado.
Foragidos

Ainda segundo o adjunto da (DHPP) da Serra, Rodrigo de Amaral, Marcos de Amaral e Joelson o Gugu seguem foragidos. “Após a data do confronto, Rodrigo chegou a se apresentar e foi liberado, depois disso, com o mandado de prisão ele não foi mais localizado e considerado foragido. Já Gugu, está evadido do sistema prisional desde 2022, quando estava no semiaberto e não retornou.”
Os cinco foram indiciados por dupla tentativa, com qualificadora por porte ilegalde arma de fogo, homicídio funcional que se trata de agente no exercício da função, tentativa de homicídio por uso de arma de fogo de uso restrito e porte ilegal de arma defogo uso restrito.
Denúncia 181
A polícia pede ajuda para localizar os três foragidos. “A população pode auxiliar por meio do Disque-denúncia 181, de forma anônima e nos auxiliar a encontrar esses criminosos que atentaram contra os policiais, as famílias e o estado”, finalizou.











