Uma pessoa foi presa em flagrante com mais de 20 celulares roubados durante a 5ª fase da Operação “Sinal”, da Polícia Civil, deflagrada em Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Guarapari.
A Operação aconteceu na terça-feira (26). Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, com dois conduzidos. Durante as investigações, pessoas que compraram produtos de furto e roubo foram identificadas. Vinte donos de aparelhos já estão identificadas para terem os aparelhos de volta.
Ao todo, 66 celulares e nove notebooks foram apreendidos, um deles de uma concessionária de veículos em Vila Velha. Quinze lojas que compram e vendem aparelhos foram fiscalizadas e um celular recuperado em uma delas.
“A gente acredita que, combatendo o receptador vamos desestimular a prática do furto e roubo. Depois do homicídio, é um dos crimes que mais acontecem, contra o patrimônio”, explicou a superintendente de Polícia Regional Metropolitana, delegada Andréia Maria Pereira.
A delegada, inclusive, orienta que o Boletim de Ocorrência seja registrado pelas vítimas, informando email, para que a Polícia Civil consiga fazer contato. Também é importante ter a nota fiscal.
Rosane Cysneiros, delegada titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Guarapari, destacou que a busca no município foi produtiva. “Tivemos êxito com a apreensão de dez aparelhos celulares e dez pessoas que foram responsabilizadas pela receptação culposa pela receptação culposa por aquisição de aparelhos celulares sem procedência e uma prisão em flagrante por receptação qualificada por se tratar de um comerciante por comercializar aparelhos com restrição em seu estabelecimento comercial.
A delegada relata que em outro estabelecimento, nenhum aparelho com restrição foi encontrado. “O outro mandato que cumprimos não encontramos restrição para o lojista. Ele disse que ficou feliz com a atuação policial porque ela trás credibilidade para o estabelecimento comercial”.
Ela explica ainda que a presença da polícia não é motivo para preocupação de nenhum comerciante. “Não há motivo para os lojistas ficarem temerosos se estão trabalhando dentro da legalidade, a presença da polícia dá credibilidade de que aquele estabelecimento está trabalhando dentro da lei”.
Procedência
A delegada Rosana explica sobre a importância de realizar esse tipo de compra sabendo de onde o produto vem. “Aquisição imprudente por não consultarem a procedência do produto, o que acaba fomentando o crime patrimonial nesse sentido. É importante ter a aquisição responsável para evitar processo judicial e até a prisão. Busque saber a procedência, a pessoa que você está comprando, site, loja. Para as pessoas que estão em dúvida, a pessoa pode consultar pelo site da Anatel www.gov.br/anatel para saber se há alguma restrição do aparelho que ela está adquirindo”.
Com relação aos comerciantes, a delegada explica que receptar produtos roubados pode acarretar em muitos problemas. “A receptação culposa acontece quando a pessoa compra algo sem procedência, ela não observa o valor do produto no mercado e o valor que estão oferecendo a ela. No caso da receptação qualificada que foi o caso da prisão em flagrante se dá quando o comerciante exerce uma atividade comercial sabendo da procedência do produto que vende em sua loja.”
Boletim de Ocorrência
Todos os delegados que participaram da ação em seu municípios, relataram a importância de fazer o Boletim de Ocorrência. Ele é o comprovante de que você comprou um aparelho de forma correta. Ao realizar o B.O, que pode ser feito pelo site da Polícia Civil, você informa um código que possibilita o rastreamento do aparelho.
O chefe da 1ª delegacia regional de Vitória, Luiz Neves, explicou como é feito esse processo. “Quando a pessoa faz o B.O, por furto ou roubo, nós solicitamos a quebra de sigilo cadastral judicialmente, e assim conseguimos localizar os aparelhos que estão circulando dentro da Grande Vitória. A partir da quebra do sigilo, conseguimos localizar o produto em qualquer local”.
