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Papo Latinta debate arte de rua no Espírito Santo

Alguns dos mais destacados artistas de rua do Espírito Santo participam, nas próximas semanas, do Papo Latinta, uma série de quatro debates realizados online para refletir sobre questões importantes sobre arte e espaço público.

Os eventos serão transmitidos ao vivo, sempre às quartas-feiras, nos canais do projeto Latinta no Facebook e no YouTube. Entre os temas que devem permear as conversas estão a relação de ocupação e presença da arte no espaço público, as tensões entre o público e privado, a democratização da arte e os conflitos com a lei enfrentados pelos artistas que ocupam as ruas. No município de Vitória, por exemplo, há uma lei que pode multar em mais de R$ 9 mil os artistas que intervém no espaço público.

O primeiro Papo Latinta acontecerá  no dia 17 de fevereiro, às 18h, com o tema “Arte de rua e educação”, tendo de convidados Kika Carvalho e Alecs. “Qual é o lugar da arte de rua?”, será a pergunta-título que provoca o debate do dia 24 do mesmo mês e horário, trazendo os convidados Edson Sagaz e Basi. Os encontros marcam, também, o diálogo entre diferentes gerações que participam do desenvolvimento do graffiti no Espírito Santo.

Dois outros artistas de grande expressão, Moska e Gentil, estarão na conversa sobre o tema “Democratização da arte”, no dia 3 de março, às 18h. O fechamento da temporada do Papo Latinta vai ser sobre “Arte de rua e arte institucional”, com Starley e Ren, no dia 10 de março, dessa vez às 19h. A mediação das conversas será feita por Fredone Fone e Karen Valentim, ambos artistas de rua, sendo ele idealizador e ela colaboradora do Latinta.

Este projeto surgiu em 2012 e ao longo dos últimos anos vem promovendo residências artísticas, intercâmbio, pintura de murais e intervenções urbanas entre artistas do Espírito Santo e de outros estados e países, que produziram obras conjuntamente nas ruas de vários bairros, sobretudo nas periferias da Grande Vitória. Com a pandemia, o Latinta resolveu reforçar os debates em torno da arte de rua, mantendo um formato virtual para evitar aglomerações.

Segundo Fredone, o objetivo do Papo Latinta é apresentar o lado educativo e criativo do graffiti e da arte urbana. “É um projeto necessário para que as pessoas possam saber um pouco mais sobre esta cultura, o processo criativo dos artistas, a história por trás de cada artista, que muitas vezes é visto enquanto um marginal, um grande perigo para a sociedade”, explica.

Ele mesmo, que já pintou em diversos países e exibiu a arte em museus e galerias, sofreu multa e detenção no Brasil ao fazer arte nas ruas.

O conteúdo do Papo Latinta também será convertido para áudio e publicado no formato de podcast na internet.

Canais do Latinta:

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCamJNwYOAK0Y1mTzKafxOag

Facebook: https://www.facebook.com/latintamuralismo

Saiba mais sobre os artistas convidados do Papo Latinta

Alecs

Alecs, pioneiro do graffiti no estado do Espírito Santo com atuação desde 1992, é educador social, oficineiro, palestrante,  e desenvolve trabalho no estilo de arte Wild Style e personagens. Também é empreendedor e criador da  primeira loja Graffitishop Working no Espírito Santo, prezando sempre pelo graffiti Oldshool e pelo movimento Hip Hop.

Basi

Skatista, Basi encontrou no graffiti algo que em muito se assemelha ao skateboard: se apropriar do espaço urbano para produzir, sejam manobras ou tinta na parede!

Edson Sagaz

Mais conhecido como Edson Sagaz, militante, “artivista” de movimentos sociais de direitos humanos, movimento negro e outros. É grafiteiro, artista plástico autodidata, rapper, músico, compositor, membro e fundador do grupo de rap Suspeitos na Mira e da entidade Nação Hip Hop Brasil. Ainda é produtor e agente Cultural, atuando consultor e colaborador do programa Universo Hip Hop.

Kika Carvalho 

Artista visual e educadora, é graduada em Artes Visuais pela Ufes. Utiliza diferentes técnicas e escalas para explorar uma constante busca por memórias individuais e coletivas, a fim de ressignificar narrativas hegemônicas.

Moska 

Grafiteiro e muralista, iniciou a trajetória de artista urbano no ano de 2004. Amante da tipografia e da caligrafia urbana, carrega essa linguagem muito forte nos trabalhos, gosta retratar e criar personagens ilustrando situações de diferentes universos, reais ou fantasias.

Starley 

Iniciou trajetória em 2010 através do graffiti, utilizando a linguagem para abordar temáticas variadas nas obras, desenvolvendo projetos de impacto imagético social voltados, sobretudo, para o público juvenil. Formado em Artes Visuais na Ufes, é fundador da FG Crew, idealizador do Festival Origraffes e diretor-executivo do iÁ Estúdio.

Ren 

Renato Ren iniciou as práticas artísticas com graffiti em 2000 e se mantém nessa atividade até os dias atuais, interferindo na paisagem da cidade. Em 2018 graduou-se bacharel em Artes Plásticas na Ufes.

Ronaldo Gentil

Ronaldo Gentil conheceu a arte através da contracultura nas ruas da Grande Vitória, tendo iniciado essa caminhada aos 14 anos de idade, tendo influência do movimento punk e do hip hop na construção da trajetória na cultura.

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