Dólar Em baixa
5,375
31 de outubro de 2025
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Vitória
21ºC
Dólar Em baixa
5,375
Início Site Página 31347

Dilma faz mudanças na Esplanada e anuncia dois novos ministros

A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (15) quatro mudanças em seu ministério, com dois novos nomes no governo e rearranjo em outras pastas. A minirreforma atinge os ministérios da Agricultura, do Trabalho e as secretarias de Assuntos Estratégicos (SAE) e de Aviação Civil (SAC).

As mudanças foram confirmadas por meio de nota da Secretaria de Comunicação da Presidência. “A presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação, o empenho e os inestimáveis serviços prestados pelos ministros Mendes Ribeiro, Brizola Neto e Wagner Bittencourt em suas áreas. Eles continuarão contando com seu apoio e confiança”, diz o texto.

O deputado Antonio Andrade (PMDB-MG) será o novo ministro da Agricultura. O atual titular da pasta, Mendes Ribeiro, deixará o governo e voltará para a Câmara dos Deputados, onde tem mandato até 2014.

O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco, deixará a pasta para assumir a Secretaria de Aviação Civil, atualmente comandada pelo ministro Wagner Bittencourt, que deixa o governo. Com a saída de Moreira Franco, a SAE será comandada interinamente pelo secretário executivo, Roger Leal.

No Ministério do Trabalho, Dilma substituiu Brizola Neto, que estava no governo há menos de um ano, pelo secretário-geral do PDT, Manoel Dias. O novo ministro é ligado ao ex-titular da pasta Carlos Lupi, afastado em dezembro de 2011 após denúncias de corrupção no ministério.

Os novos ministros tomarão posse amanhã (16), em um cerimônia coletiva no Palácio do Planalto. O governo decidiu agilizar a posse porque Dilma viaja no domingo (17) para o Vaticano, onde participará da cerimônia de coroação do papa Francisco na próxima terça-feira (19).

(Agência Brasil) 

OAB chama de ‘histórica’ decisão do STF sobre precatórios

Foto: Eugenio Novaes/Divulgação

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nesta sexta-feira (15) uma nota para comemorar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de considerar inconstitucional o pagamento parcelado de precatórios em até 15 anos.

A entidade, que foi a autora da ação, classifica a decisão do STF como uma vitória histórica e da cidadania.

“O êxito da ação moraliza o cumprimento das decisões judiciais e assegura o respeito ao ser humano frente ao poder público”, disse o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado.

Os precatórios são títulos de dívida que o governo emite para pagar quem ganha na Justiça demandas contra o Estado, seja pessoa física, seja jurídica. Os títulos são pagos de acordo com uma fila, que pode durar anos.

“Com essa decisão, o mínimo que se pode esperar é que as decisões judiciais transitadas em julgado sejam cumpridas pelo poder público”, afirmou Furtado.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, Estados e municípios brasileiros devem R$ 94,3 bilhões em precatórios.

A decisão foi tomada na quinta-feira (14) pelo Supremo. Com ela, fica valendo a regra anterior, que determinava o pagamento em uma parcela, feito no ano seguinte à decisão judicial.

Em 2009, pressionados por governadores e prefeitos, o Congresso aprovou, por meio de uma emenda à Constituição, um novo sistema de pagamento desses títulos.

Ficou estabelecido o parcelamento das dívidas e ainda que municípios e Estados reservassem percentuais mínimos em seus Orçamentos para honrar esses gastos.

Governadores e municípios esperavam que a medida desse uma folga aos cofres públicos. Os críticos da medida a chamavam de “emenda do calote” devido ao prazo de 15 anos para pagar.

Em uma sessão futura –ainda sem data–, os ministros vão discutir o que será feito com os parcelamentos e os leilões que já foram acordados.

Também foi considerada ilegal a realização de leilões nos quais o credor que oferecesse o maior desconto sobre o total da dívida a receber teria preferência na fila para obter o pagamento.

O Supremo derrubou ainda a reserva de percentuais mínimos nos Orçamentos para quitação das dívidas.

Na sessão de anteontem, a corte havia derrubado a adoção do índice de correção da caderneta de poupança para os precatórios.

Operação Navalha: STJ aceita denúncia contra 12 envolvidos

Brasília – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou hoje (15) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 12 das 17 pessoas acusadas de participação no suposto esquema de superfaturamento de obras e desvio de recursos públicos investigados pela Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal em 2007.

Entre os réus estão o empresário Zuleido Veras, dono da Construtora Gautama; o ex-governador de Sergipe e atual prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Sergipe, Flávio Conceição de Oliveira Neto, hoje afastado do tribunal; e o ex-deputado federal José Ivan de Carvalho Paixão.

O processo foi desmembrado em março de 2010. Apenas a denúncia contra os 17 acusados cuja participação no esquema estaria relacionada ao conselheiro afastado do TCE sergipano foi mantida no STJ, já que, pelo cargo, ele dispunha de prerrogativa de foro. Antes de ser nomeado, Flávio Conceição de Oliveira Neto foi secretário-chefe da Casa Civil de Sergipe na gestão de João Alves Filho.

A relatora do caso, a ministra Eliana Calmon, entendeu haver elementos que justificam a denúncia contra 12 pessoas do grupo que foi investigado em Sergipe. O contrato para a obra foi assinado em 2001. Segundo a ministra, há indícios de que cerca de R$ 178 milhões podem ter sido desviados devido à majoração de preços e às fraudes na fiscalização do serviço.

A ministra levou em conta provas colhidas pela Polícia Federal, como escutas telefônicas e documentos apreendidos nas empresas e nas residências dos acusados, e um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) que aponta várias irregularidades no processo de licitação em que a Gautama foi contratada pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) para executar as obras de sistema de adutora no Rio São Francisco.

Todos os ministros da Corte Especial do STJ que participaram do julgamento acompanharam o voto da ministra, que rejeitou a denúncia contra cinco dos denunciados pelo MPF: Florêncio Brito Vieira, Gil Jacó Carvalho Santos, Humberto Rios de Oliveira, Maria de Fátima César Palmeira e Roberto Leite. Maria de Fátima, enão diretora financeira da Gautama, foi inocentada por falta de provas. Já Vieira, Santos Oliveira e Leite “eram empregados modestíssimos da Gautama, sem nenhuma expressão ou poder de decisão”.

O MPF apresentou a denúncia em maio de 2008, um ano após a PF ter deflagrado a operação em nove estados (Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso e São Paulo) e no Distrito Federal. Ao todo, o MPF denunciou 61 pessoas, entre elas os então governadores de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, e do Maranhão, Jackson Lago, e o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, cuja denúncia foi posteriormente arquivada.

Casos de cura ‘quase completa’ abrem caminho para avanços contra Aids

0

aids-3582-51439e0bd53ebUm pequeno estudo realizado na França com 14 pacientes portadores do vírus HIV que permaneceram saudáveis durante anos, apesar de terem parado o tratamento, dá novas pistas de que a intervenção precoce poderia levar a uma “cura funcional” da Aids, afirmaram cientistas nesta quinta-feira (14).

A pesquisa, publicada na revista médica americana PLoS Pathogens, é divulgada logo depois de, na semana passada, um bebê do Mississipi aparentar estar curado de HIV após um tratamento com anti-retrovirais realizado 30 horas após seu nascimento.

Os especialistas concordam em que, embora o paralelismo entre os dois estudos seja intrigante, o fenômeno é raro e advertem que a maioria das 34 milhões de pessoas infectadas com HIV no mundo sofreria todos os sintomas da doença se deixasse de tomar medicamentos para combater o vírus.

Para Myron Cohen, conhecida especialista americana em HIV e chefe do Centro de Doenças Infecciosas da Universidade de Duke, o estudo é “instigante”.

“Nos faz pensar: quem no universo dos tratados precocemente pode deixar o tratamento? Nos dá algumas pistas, mas é uma pergunta que exige mais estudos”, declarou à AFP.

O grupo de 14 adultos acompanhados no estudo francês foi tratado contra o vírus com uma série de remédios anti-retrovirais e deixou o tratamento, em média, entre dois e três anos depois.

Eles conseguiram manter a carga viral sob controle durante uma média de 7,5 anos, sem nenhum medicamento, acrescentou a pesquisa.

Os resultados são surpreendentes porque os indivíduos não têm as características genéticas de outros grupos raros de pessoas – menos de 1% da população – que são, aparentemente, capazes de se livrar da Aids de forma espontânea sem qualquer remédio e são conhecidos como “controladores naturais ou de elite”.

Os 14 indivíduos foram denominados “controladores pós-tratamento” e não eliminaram completamente o HIV de seus corpos. Mas continuam mantendo-o em um nível baixo em suas células e não adoeceram.

Os cientistas advertiram, no entanto, que não compreendem bem o mecanismo que explica porque estes pacientes conseguem enfrentar o vírus sem medicamentos. Eles foram submetidos a vários testes imunológicos que não puderam explicar uma única causa para o controle continuado do vírus.

“Acho que é uma prova de conceito de que isto poderia ser conseguido em indivíduos”, explicou em entrevista por telefone com a AFP o principal autor do estudo, Asier Saez-Cirion, do Instituto Pasteur de Paris. “E que isto aconteceu devido a um tratamento precoce”, acrescentou.

Todos os participantes do estudo residem na França e têm entre 34 e 66 anos. Eles foram infectados com HIV nos anos 1990 e 2000.

Visto que foram selecionados aleatoriamente para o estudo, não está claro qual percentual da população representariam.

Depois de uma infecção severa, o HIV estabelece depósitos virais nas células que lhe permitem se esconder e voltar, mesmo após um prolongado tratamento, o que significa que a maioria dos pacientes que deixa a medicação sofreria o retorno da infecção.

“Estes depósitos são o que nos separam de uma cura para o HIV”, explicou Rowena Johnston, vice-presidente de pesquisas da organização sem fins lucrativos amfAR (Fundação para a Pesquisa da Aids).

“Esta informação poderia ser utilizada para considerar novos caminhos para medicamentos ou, no melhor dos casos, avenidas para o desenvolvimento de novas vacinas”, afirmou Mark Siedner, estudante de pós-doutorado da divisão de doenças infecciosas do Hospital Geral de Massachusetts da Escola Médica de Harvard.

“É preciso lembrar que a grande maioria dos pacientes infectados com HIV tem depósitos virais estabelecidos e que abandonar a medicação resultaria numa replicação do vírus, na destruição imune e eventual Aids clínica”, apontou.

Informações Uol.com 

Médicos não querem trabalhar no interior do ES, diz secretário

0

medico

(por Danieleh Coutinho)

Com um orçamento de R$ 1,6 bilhão a Secretaria de Estado da Saúde trabalha para suprir duas das maiores carências da área no Espírito Santo: falta de profissionais e leitos. De acordo com o titular da pasta, Tadeu Marino, o déficit de leitos, tanto clínico quanto de alta complexidade, chega a dois mil.

“Nos nossos primeiros dois anos de governo abrimos cerca de 200 leitos hospitalares dentro da nossa própria rede, entre leitos clínicos e leitos de UTI. Neste começo do terceiro ano de mandato, nós tivemos a alegria de inaugurar o novo hospital Doutor Jayme Santos Neves, que nos oferece, até novembro, 424 novos leitos hospitalares. Também fizemos uma ampliação no interior do Estado, pois percebemos que dentro dessa grande carência de leitos existe uma de resolvíveis, de média complexidade no interior do estado. Isso obriga a população a vir para a região metropolitana. Abrimos 10 leitos de UTI na região do Caparaó, em Guaçuí; 18 leitos de UTI em Colatina – região Noroeste -, 18 leitos no Hospital Silva Avidos, bem como reforçamos parcerias com os hospitais filantrópicos, também no interior”.

O secretário, que respondeu pela Sesa em 2003, em entrevista exclusiva ao ESHOJE, falou sobre o concurso público, que admitirá 2.120 vagas para profissionais de todas as áreas de saúde e da distribuição negativa de médicos especialistas que gera uma concentração em cidades e ausência em outras.

ESHOJE: O Governo Renato Casagrande assumiu já com um déficit de leitos, que ainda não foi superado. Esse problema será resolvido até o fim da gestão?

Tadeu Marino: Não. Nós colocamos ali, até o final do governo Casagrande, mil novos leitos hospitalares. Isso vai diminuir e muito a necessidade por leitos, principalmente os que acabam colocando em sofrimento a população, que são em UTI, clínicos e resolutivos.

A expansão de parcerias no interior é a resolução da chamada “ambulancioterapia” – quando as pessoas vêm para a Grande Vitória, ainda de madrugada em busca de atendimento?

Com certeza. Na parte hospitalar, essa é uma solução. Nós temos quatro macrorregiões de saúde no ES e temos várias micros. A grande proposta é dotar essas regiões de saúde de resolutividade. Não é preciso tirar uma pessoa de Barra de São Francisco com o pé quebrado para vir lá para Colatina ou Vitória resolver o problema. Isso é desumano para quem sofre isso. E concentra, em muito, as pessoas na tal da ambulancioterapia em Vitória. No caso de São Francisco, especificamente, nós temos um hospital próprio que nos dois primeiros anos nós investimos R$ 4,5 milhões, transformando hospital que estava sem as mínimas condições.

Esta interiorização é muito difícil?

É muito difícil interiorizar um profissional especializado. Como levar um oncologista, um cardiologista, um neurologista para Muqui, Mimoso, Ecoporanga ou Guaçuí? Estamos lançando, agora em março, um edital para construir cinco centros de especialidades ambulatoriais nas regiões do ES, para ir de encontro a essa necessidade. Já identificamos Guaçuí vai ter um centro medico especializado, outro na região de Pedra Azul, em Nova Venécia, Linhares e em Santa Tereza ou Santa Maria de Jetibá. Também estudamos um para a região litorânea-sul, localizado em Anchieta, provavelmente. O Estado está fazendo um investimento de construção de 72 unidades de saúde. Já inauguramos 30 nos primeiros dois anos de governo de Renato Casagrande. Vamos investir R$ 42 milhões esse ano nas cidades que estão passando por um problema de diminuição de arrecadação, para ajudar a financiar o funcionamento da atenção primaria da saúde.

O Estado tem profissionais suficientes? Quais as maiores carências de especialidades?

Nós temos no ES 2,2 médicos por mil habitantes, quando o ideal seria em torno de três médicos por mil habitantes. E o Espírito Santo é um dos estados brasileiros que tem a melhor concentração de médicos, só que, como em outros estados, nas grandes cidades acontece o fenômeno de concentração de profissionais. Em Vitória tem 14,5 médicos por mil habitantes, Colatina tem cinco médicos por mil habitantes e Cachoeiro, quatro. Já em cidades interioranas, como Ecoporanga e Mantenópolis, por exemplo, a 0,3 ou 0,4 médicos por mil habitantes. Faltam pediatras, neurologistas, anestesiologistas, reumatologistas, psiquiatras, dentre outros. As próprias residências médicas ofertam um numero reduzido de vagas e você tem quantidade menor de profissionais o que faz a população ter que esperar, às vezes, uma consulta por um ano. Infelizmente, parte desses profissionais de saúde nem quer trabalhar no serviço público, porque são poucos e acabam trabalhando só em seus consultórios.

O concurso público visa resolver, em parte, esta situação?

O Estado lançou em agosto do ano passado, foi aprovado o plano de cargos e salários para a área da saúde do Espírito Santo, coisa que não existia. Também lançamos o concurso público para o preenchimento de 2.120 vagas, que é o maior na área da saúde pública do Espírito Santo. Vai atender a todas as áreas, não só os médicos, mas para eles são 771 vagas. A grande finalidade desse concurso é substituir o trabalho precário da Sesa, que são as designações temporárias, efetivando e ofertando mais profissionais. A prova é em maio, o resultado em agosto e em outubro os aprovados começam a serem chamados.

Também objetiva acabar com contratos com as cooperativas médicas?

Na verdade as cooperativas medicas estão no estado há mais de 15 anos e prestam serviço dentro dos nossos hospitais, algumas com muita qualidade, muita eficiência e com médicos especializados. O Estado na verdade se deixou trabalhar dessa forma e construiu uma relação aonde toda especialidade medica, principalmente nos nossos locais de urgência e emergência, são administradas e executadas pelas cooperativas. Já que há um contrato de venda de serviço, temos que aprimorar cada vez mais a nossa gerencia de monitoramento, tanto interna – com as comissões que cada hospital nosso tem, monitorando o cumprimento dos horários e qualidade – quanto externas. Já que eu estou pagando, que eu estou comprando serviço, tenho, com muita eficiência e autoridade, cobrar a qualidade. Essa é uma questão, que quando fizemos o concurso publico agora, todas as especialidades estão lá. Esse é o caminho que o governo gostaria de ter.

Quando se fala em saúde, não há como escapar do tema ‘drogas’. Como a Sesa tem trabalhado?

Nenhum estado brasileiro estava preparando para essa epidemia, esse crescimento rápido. Estamos construindo uma rede de atendimento psicossocial, construindo 12 centros de atenção psicossocial. Já inauguramos três no ano passado, em Anchieta, Colatina e Cachoeiro do Itapemirim e outros nove vamos entregar até 2014. Serão licitado centros ambulatoriais, onde trabalham equipes multidisciplinares que são portas abertas para as pessoas que tem dependência do álcool e outras drogas. Vamos licitar, também, novos 18 CAPS-AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), do tipo 3, que podem internar pacientes por até sete dias. A gente tem a logica da abertura de leitos dentro dos hospitais gerais e o governo trabalha dentro das unidades terapêuticas e clinicas psicológicas, consultórios de rua…

O senhor é a favor da internação compulsória?

Eu sou contrário, pois acho que tem que ter todo o trabalho de convencimento e de abordagens. Existem casos diferenciais, como crianças e mulheres grávidas, que não se deve dar direito de escolha. Mas, os outros, acho que parcerias com ONGs e igrejas que já trabalham nessa lógica, r os consultórios de rua, acho que dá muito mais resultado. Existem muitos trabalhos que mostram que, com a internação compulsória o retorno daquele paciente é mais rápido.

O senhor foi alvo, recente, de críticas de deputados estaduais. O seu trabalho é questionado pelo Legislativo?

Eu sou republicano, fui vereador e acho que o papel do parlamento é esse mesmo. Fiscalizar, fazer criticas. Estou acostumado a trabalhar com esse parlamento. Agora, as pessoas, independentes de ser deputados ou não, têm que ter primeiro o conhecimento com profundidade do que está acontecendo. A gente trabalha dentro de um planejamento estratégico traçado pelo governador do Estado e quem nomeia os secretários é o governador, então cabe a ele nomear, cabe a ele tirar. Tenho muita tranquilidade sobre isso. O parlamento foi feito pra criticar. Só que também, eu esperava que os deputados pudessem procurar a gestão para conhecer um pouco do que está sendo feito. Porque infelizmente nós fazemos nossa prestação de contas na Assembleia a cada quatro meses e infelizmente é muito raro ver um deputado no plenário. Basta pegar a lista de presença e você vai ver quantos deputados estão presentes, verificar se esse deputado, por exemplo, está presente nas sessões.

Como o Governo do Estado tem agido diante da situação de Guarapari, onde não há hospital público?

O Estado emitiu, na semana passada, com a Vigilância Sanitária, um parecer colocando um dos pontos cruciais para que possa funcionar, que seria a esterilização. Eles não têm espaço físico e nem maquinário lá dentro, então podem terceirizar. A questão da alimentação, a manipulação de alimentos, a limpeza… então eles cumprindo essa normas, o hospital São Sebastião volta a ser reaberto.

E o Hospital Ferroviário?

A mesma coisa, eles têm algumas pendências com o nosso convênio. Se resolverem isso rápido, se Deus quiser, até abril, podemos assinar uma nova contratualização com eles sem problema nenhum.

Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves entrega mais 60 leitos

0

casagrandeFoto: Romero Mendonça/Secom-ES

A população capixaba passa a contar com mais 60 leitos no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. As novas vagas começaram a funcionar nesta semana e já estão ocupadas. O governador Renato Casagrande e o secretário da Saúde, José Tadeu Marino, fizeram uma visita ao local, na manhã desta sexta-feira (15), para conhecer as instalações. Com isso, a unidade hospitalar aumenta em 60% o número de leitos.

De acordo com o governador, a previsão era que os leitos fossem inaugurados no mês de maio, mas o processo de abertura foi antecipado para ampliar os atendimentos das demandas cirúrgicas. “Um Hospital deste porte tem que abrir os serviços paulatinamente. Temos esse compromisso em ampliar as vagas para reduzir um déficit histórico no número de leitos”, disse.

Com mais essa entrega, a oferta de internações aumenta em 60%, totalizando 160 leitos – sendo 40 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O Hospital tem capacidade para realizar quatro mil consultas por mês, número que dobrará até fim do ano, quando estarão funcionando também todos os 424 leitos da Unidade.

O secretário José Tadeu Marino destacou que os leitos abertos significam um acréscimo importante. “O Hospital já está recebendo pacientes regulados pela Central de Vagas. Desde sua inauguração até o momento, mais de 200 pacientes foram internados e mais de 300 pessoas passaram pelo ambulatório de consultas especializadas”.

Etapas

Devido ao seu tamanho – são 31,6 mil m² de área física – o funcionamento do novo Hospital se dará em etapas. Por enquanto, só são recebidos pacientes encaminhados. Mas, a partir de maio, os serviços de pronto-socorro serão deslocados do Dório Silva para o Jayme Santos Neves, que passará a atender demandas espontâneas.

Com essa mudança o Dório Silva não será fechado, mas mudará o perfil de atendimento, será referência no tratamento de pacientes crônicos. Funcionará como retaguarda dos demais hospitais públicos, especializados em atendimento de urgência e emergência, contribuindo para maior rotatividade de leitos.

Perfil de atendimento

O Hospital terá abrangência sobre 2,3 milhões capixabas e será referência para casos de urgência e emergência em traumas ortopédicos e neurológicos (acidentes de trânsito, quedas); urgências cardíacas (será o único hospital estadual com esse serviço em adultos); gestação de alto risco e contará com um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).

As especialidades ofertadas incluem cirurgias cardíaca, vascular (arterial e venosa), cabeça e pescoço, bucomaxilofacial, aparelho digestivo (exceto oncologia), urológica, ortopédica, ginecologia/obstetrícia, neurocirurgia, oftalmologia e plástica reparadora (não estética, para casos de queimaduras graves, por exemplo).

Números

Até o final de 2013, quando em completo funcionamento, o Dr. Jayme Santos Neves oferecerá, por ano, um acréscimo de 29.200 diárias em UTI e Utin; 32.850 diárias de clínica cirúrgica; 21.900 diárias na maternidade; 10.950 diárias de clínica médica e 5.110 diárias no CTQ.

O pronto-socorro poderá atender a mais de oito mil pacientes por mês. Além dos atendimentos de urgência e emergência, o Hospital oferecerá exames especializados, como raio X, tomografia, endoscopia, ultrassonografia, ecocardiografia, ressonância magnética e análises clínicas (veja anexo).

Estilo verde

Além de ser o maior, o Jayme Santos Neves também será um dos mais modernos do Estado, adotando conceitos globais de sustentabilidade, humanização, acessibilidade, automação, acolhimento e flexibilidade.

Foi construído levando-se em consideração o estilo ecologicamente correto, visando o consumo racional de recursos naturais. A energia solar será aproveitada para aquecimento de água. Um reservatório coletor de águas da chuva permitirá o aproveitamento para irrigação, em bacias sanitárias e lavagem de piso. Os metais sanitários são do tipo economizadores.

O sistema de climatização será totalmente automatizado, com reduzida emissão de gases e consumo de energia. As luminárias contam com lâmpadas de alta eficiência. O sistema elétrico será do tipo misto, com utilização de gás natural e energia elétrica, com melhor eficiência e baixo custo.

Humanização e acolhimento

A ambiência hospitalar foi projetada adotando-se o conceito de humanização, trazendo conforto ao paciente, familiares e profissionais. As salas são amplas e acolhedoras e haverá ainda facilidades como lanchonete, café, acessos diretos ao serviço social, ouvidoria e maternidade.

A sinalização, acessos, elevadores, rampas e sanitários têm dimensões adequadas para a circulação de pessoas com dificuldade de locomoção. Um dos diferenciais é a interação do paciente com a natureza, por meio de varandas e praça interna, local para encontro com familiares, acomodação para acompanhantes, sala de meditação e capelas.

O Hospital conta com espaços específicos para programas de educação em saúde que demandem treinamento, convivência e qualificação. O projeto arquitetônico como um todo é flexível, permitindo futuras mudanças, incorporação de novas tecnologias, com possibilidades de reformas, readequações e setorizações.

1. Especificações

– Início das obras: Setembro de 2009

– Inauguração: 23 de fevereiro de 2013
– Localização: Av. Paulo Pereira Gomes, s/n, Morada de Laranjeiras, Serra
– Terreno: 39.790,61 m²
– Área construída: 31.616,73 m²
– Estacionamento: 12.725,44 m² – 517 vagas
– Heliponto
– População referenciada: 2,3 milhões de habitantes

2. Perfil de atendimento

– Referência: urgência e emergência, clínicas e cirúrgicas, cirurgia cardíaca, traumato-ortopedia, gestação de alto risco, Centro de Tratamento de Queimados – CTQ.

– Especialidades médicas: cirurgia cardíaca, vascular, cabeça e pescoço, bucomaxilofacial, aparelho digestivo (exceto oncologia), urologia, ortopedia, ginecologia obstetrícia, neurocirurgia, oftalmologia, plástica reparadora e geral (não estética, para casos de queimaduras graves, por exemplo).

– Quando o hospital estiver totalmente ativado, oferecerá, por ano, um acréscimo de 29.200 diárias em UTI e Utin; 32.850 diárias de clínica cirúrgica; 21.900 diárias na maternidade; 10.950 diárias de clínica médica e 5.110 diárias no CTQ.

3. Número de exames em pleno funcionamento – Capacidade exames/mês

Tomografia: 200

Raio X: 1.000
Endoscopia: 300
Ultrassonografia: 300
Ecocardiografia: 300
Ressonância magnética: 160
Análises clínicas: 80

– O pronto-socorro terá capacidade de ofertar 8.010 atendimentos por mês.