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Nielsen na Sedes

Após permanecer no Detran durante 17 meses, Fábio Nielsen assumiu um novo desafio na Secretaria de Desenvolvimento do Estado em uma Gerência recém criada de Comércio Internacional.

Segundo ele, nestes mais de um ano e meio à frente do órgão estadual de trânsito, esteve “dedicado diuturnamente a fim de promover melhor qualidade dos serviços em um dos mais importantes órgãos de nosso estado. Tenho a consciência tranquila de que desenvolvi com a minha equipe um trabalho sério, transparente, com muito empenho e profissionalismo”.

E acrescentou: “Espero também poder contribuir à altura com novos projetos voltados ao Desenvolvimento de nosso ES”.

Mais um round

O presidente da Câmara de Colatina, vereador Olmir Castiglioni (PSDB), moveu mais uma ação na Justiça contra o deputado estadual Paulo Roberto Ferreira (PMDB). A juíza do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Raquel Durão convocou peemedebista, tucano e testemunhas, que prestarão depoimento na próxima sexta-feira (12) às 13h30.

Uma das testemunhas de acusação ao deputado é Ademiro Pimentel, presidente do PMN de São Mateus, terra onde o Paulo Roberto disputou a eleição para prefeito, no ano passado, mas perdeu. Ademiro afirma que chegou a pedir o então colega de partido para que não deixasse a sigla, rumo ao PMDB. Sem sucesso.

O caso

Paulo Roberto era o segundo suplente da coligação formada por PSDB-PPS-PMN-DEM. Janete de Sá (PMN), a primeira, assumiu no fim do ano passado. Marcos Mansur (PSDB) e Olmir vinham logo em seguida. Após a eleição de Luciano Pereira (DEM), Rodney Miranda (DEM) e Luciano Rezende (PPS), assumiram Paulo Roberto e Mansur.

O tucano colatinense entrou, então, com um pedido na Justiça para que a vaga fosse dele, que vinha logo depois de Mansur e teria direito à vaga, em detrimento de Paulo Roberto, que havia mudado de partido. Uma liminar da desembargadora Elizabeth Lordes acabou afastando da Assembleia, por 30 dias, o deputado. A vaga não foi ocupada por Olmir.

Decisão da Justiça levou de volta o peemedebista à Assembleia. Temporariamente. Agora, a relatoria do processo precisa concluir o caso e enviar para o colegiado do Tribunal de Justiça apreciar.

Henrique Vargas terá de esperar mais

O Tribunal Regional Eleitoral julgou, no início da noite de hoje, o recurso apresentado pelo prefeito afastado de São Gabriel da Palha, Henrique Vargas (PRP). O revisor do processo, Gustavo Holiday, pediu vistas e Henrique não foi reconduzido, ao menos por enquanto, de volta à prefeitura.

O relator do processo, o desembargador Annibal de Rezende Lima, por sua vez, deu parecer favorável para que Henrique e seu vice, Valdecir Pinto (PSB), voltem a ocupar sues lugares na prefeitura – embora tenha aplicado multa de R$ 10 mil a cada um deles.

Henrique é acusado de ter usado servidores da Assembleia Legislativa durante sua campanha, no ano passado, quando ainda era deputado.

Candidatura de Tadeu Marino e a parceria com Guerino Balestrassi

O secretário Tadeu Marino (Saúde) vai tentar ser candidato a deputado estadual pelo PSB. Se as resistências dentro do partido continuarem, Marino pode partir para uma nova empreitada, no Rede e Sustentabilidade, de Marina Silva. Aqui no Estado, a criação da sigla é coordenada por Guerino Balestrassi (sem partido), antigo aliado do secretário, e presidente do Bandes, no atual governo.

Guerino e Tadeu militaram juntos no mesmo PSB, anos atrás, quando o primeiro era prefeito de Colatina e o segundo, presidente municipal do partido. Tadeu recebeu convite de Balestrassi para compor o time de novos sustentáveis. No entanto, o secretário ainda vai tentar uma última cartada com a executiva do partido, que se mostra resistente à candidatura de Marino a deputado estadual.

Tadeu se apoia na estratégia do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que é presidente nacional do PSB e pré-candidato à Presidência da República, e tem pulverizado nos bastidores que o partido tem de ser autossuficiente em 2014. O medo de Campos é que, em 2018, a legenda não tenha musculatura suficiente para disputar mais uma vez a presidência, já que, segundo avaliações de cientistas políticos, dificilmente Campos venceria num embate com a presidente Dilma Rousseff (PT), que disputará a reeleição.

Após sua amizade feita com Marina Silva, quando ainda era filiado ao PV, Guerino lança mão de mais uma tentativa de achar seu ninho. Depois de ter saído do PSB, em 2008, Guerino ingressou no PV e, posteriormente, ensaiou entrar no grupo tucano.

Guerino tenta se viabilizar candidato a deputado federal para as próximas eleições. Uma dobradinha com um parceiro de longa data é um bom começo.

Alô, é o líder!

Os deputados estaduais têm recebido ligações de um velho conhecido colega de plenário. A voz, inconfundível, pede que os parlamentares não assinem o pedido de abertura da CPI do Posto Fiscal de Montanha. É Sérgio Borges (PMDB), líder do governo.

O peemedebista alega que gerar um desgaste como esse pode enfraquecer a imagem do governo em ano pré-eleitoral. Proposta pelo deputado Gilsinho Lopes (PR), a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito tem o propósito de investigar o custo de R$ 25 milhões gastos na construção de um posto fiscal em Montanha, no norte do Estado, durante o governo de Paulo Hartung, colega de partido de Sérgio Borges.

Para que seja criada a CPI são necessárias assinaturas de dez deputados – um terço da edilidade. Até agora, somente seis deles assinaram: Gilsinho Lopes e José Esmeraldo (ambos do PR), Euclério Sampaio (PDT), Sandro Locutor (PV) e Marcelo Santos e Dr. Hércules (do PMDB).

Queixas contra planos de saúde aumentam cinco vezes em 10 anos

01Com um crescimento acelerado do número de segurados, em grande parte devido à expansão da classe média, os planos de saúde tornaram-se alvo, nos últimos dez anos, de um aumento acentuado de queixas no Brasil – o que é visto por especialistas como reflexo das deficiências do setor.

Dados obtidos pela BBC Brasil com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão responsável por regular a atividade das operadoras de assistência médica e odontológica no país, revelam que de dezembro de 2002 a setembro de 2012 (última estimativa disponível) o número de reclamações registradas por usuários na autarquia federal praticamente quintuplicou, passando de 16.415 para 75.916, um crescimento de 362%.

No mesmo período, a quantidade de planos de saúde em atividade no país caiu 36%, de 2.407 para 1.542, ao passo que o universo total de beneficiários, incluindo aqueles com planos exclusivamente odontológicos, ganhou aproximadamente 32 milhões de novos usuários.

Segundo a ANS, além do crescimento da base de clientes, o incremento no número de reclamações foi resultado, entre outros fatores, de uma atuação mais rigorosa da agência.

Na avaliação de Bruno Sobral, diretor do órgão, a autarquia ganhou visibilidade ao tornar-se uma espécie de “porto seguro” para consumidores descontentes com seus planos de saúde, criando garantias para que suas demandas sejam solucionadas e incentivando, assim, o registro de mais queixas.

Já para a FenaSaúde, entidade que representa 15 grupos empresariais do setor, a multiplicação das queixas “não reflete, necessariamente, um aumento dos problemas”.

Segundo a associação, os consumidores possuem atualmente “muito mais canais para encaminhar suas queixas à ANS ou aos órgão de defesa do consumidor”.

Mas, de acordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, o aumento na quantidade de reclamações, apesar de ter acompanhado a evolução do número de pessoas com acesso a plano de saúde (que cresceu de 35,2 milhões, em 2002, para 67,1 milhões, em 2012), evidencia, sobretudo, que o setor ainda sofre com falhas, como a falta de fiscalização e a lentidão no julgamento dos processos.

Líder de reclamações

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), há mais de uma década, os planos de assistência médica são os principais “vilões do consumo” do país, liderando o ranking de atendimentos no órgão.

A compilação, feita com base no cruzamento de dados de Procons (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) de todo o Brasil, indica que as principais queixas dos segurados se referem à negativa de cobertura (quando o usuário é impedido de receber determinado tratamento apesar de previsto no plano), reajuste por faixa etária e anual e descredenciamento de prestadores de serviço.

No ano passado, segundo dados da ANS, houve 400 milhões de atendimentos em todo o país, e, das 75.916 reclamações registradas no órgão, cerca de 75,7% foram relacionadas à cobertura.

Além disso, de acordo com a entidade, um dos motivos pelos quais o setor se mantém na liderança das queixas é o crescimento dos planos coletivos – entre eles os falsos coletivos (oferecidos a pequenos grupos de consumidores) -, que hoje representam mais de 70% do espectro total no Brasil.

Para eles, por exemplo, a ANS não determina um teto máximo de reajuste anual, como faz com planos individuais.

“Por oferecerem um serviço de relevância pública, as operadoras deveriam seguir os parâmetros do acesso integral à saúde, mas, na prática, não é isso que acontece”, afirma Joana Cruz, advogada do Idec.

“Infelizmente, a lógica dos planos de saúde é a do lucro máximo e a qualquer preço. Isso se dá, normalmente, através de corte de custos.

Além da negativa de cobertura, os planos de saúde impedem que o médico decida sozinho sobre procedimentos mais caros e, não raro, preferem contratar profissionais de baixo padrão técnico”, diz Thelman Madeira de Souza, ex-funcionário de carreira do Ministério da Saúde e analista da área.

Procedimentos negados

Outro estudo realizado pelo Idec aponta que, entre janeiro de 2010 e maio de 2012, os procedimentos mais negados pelas operadoras estavam previstos tanto no rol de procedimentos da ANS – listagem mínima de consultas, cirurgias e exames que um plano de saúde deve oferecer – quanto na Lei de Planos de Saúde, que definiu as normas para o setor em 1998.

Entre eles, havia consultas médicas, exames de sangue, partos e cirurgias de estômago.

Para alguns especialistas, entretanto, o consumidor acaba prejudicado pela aparente falta de um orientação única sobre que procedimentos devem ser atendidos pelas operadoras.

“Pela lei, as operadoras são obrigadas a realizar procedimentos para as doenças listadas pela Organização Mundial da Saúde, salvo algumas exceções”, explica Lígia Bahia, professora da UFRJ e uma das maiores especialistas na área.

“Mas nem tudo está presente no rol da ANS. Como resultado, os planos de saúde baseiam-se nessa lista e deixam de realizar procedimentos assegurados pela legislação”, acrescenta.

Um dos exemplos, segundo Bahia, é o transplante de fígado, que não está incluído na lista da agência, apesar de ser contemplado pela OMS.

Lentidão

A lentidão no julgamento dos processos contra os planos de saúde também é alvo de críticas dos especialistas.

O mesmo levantamento do Idec aponta que, no período analisado, o tempo mediano de resolução para reclamações sobre negativa de cobertura foi de 21 dias em 2011 e 29 dias em 2012.

Para outros processos, entretanto, a duração pode ultrapassar anos.

Segundo o advogado Vinícius de Abreu, fundador da ONG Saúde Legal, que busca defender os direitos e garantias dos usuários dos sistemas de saúde público (SUS) e privado, outro aspecto da morosidade é constatado na suspensão de planos de saúde.

“A ANS demora muito para suspender ou liquidar operadoras que infrinjam as regras”, afirma. É preciso que a agência aplique punições mais severas e rápidas”, defende.

Outro lado

O Ministério da Saúde, por outro lado, argumenta que tem tomado ações para tornar o monitoramento das operadoras ainda mais rigoroso.

Em nota enviada à BBC Brasil, o órgão informa que entre as iniciativas, destacam-se “a determinação para a marcação de consultas, exames e cirurgias e a suspensão dos planos que não cumprem os prazos estabelecidos”.

Segundo a pasta, em 2012, 396 planos de saúde de 96 operadoras foram suspensos temporariamente por não cumprirem os prazos.

Além disso, o Ministério da Saúde destaca que as operadas terão de justificar por escrito, em até 48 horas, as negativas de coberturas. A resolução entrará em vigor no próximo dia 7 de maio.