O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se organiza em todo o país para ações da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que acontece durante o chamado Abril Vermelho e conta com marchas, ocupações, atividades de formação, solidariedade e enfrentamento à concentração de terras no Brasil.
O dia relembra os 21 trabalhadores rurais assassinados pela polícia militar no Massacre de Eldorado do Carajás, em 1996, no estado do Pará.
Prestes a completar 39 anos de atuação no Espírito Santo, o Movimento, no Estado, resultou em 65 assentamentos que abrigam mais de 2,7 mil famílias, distribuídas em 25 municípios capixabas como Aracruz, Guaçuí, Linhares, Pinheiros, Nova Venécia, Montanha entre outros, ocupando um total de pouco mais de trinta mil hectares.
Segundo o diretor Nacional do MST, Marco Carolino, o Movimento impactou economicamente, direta ou indiretamente, mais de dez mil pessoas, que deixaram o subemprego e a exclusão social no campo e na cidade, passando a produzir e gerar renda.
“Além disso, impactou a economia das localidades onde se encontram os assentamentos. Comércio e serviços, principalmente os de menor porte em municípios menores, têm nas famílias assentadas clientela, cuja demanda resulta em mais emprego e renda em seus territórios”, declarou Carolino.