O Espírito Santo recebe a 56ª Temporada de Pesca Oceânica do Iate Clube do Espírito Santo (ICES). A edição 2024/2025 já começou, destacando eventos que atraem pescadores de diversos estados brasileiros. A primeira largada, realizada no dia 19 de outubro, marcou o início dos Torneios Costa Brasil e Oceano. Agora, todas as atenções se voltam para o tradicional Torneio de Peixe de Bico, que acontece em três etapas, entre os dias 13 e 22 de dezembro.
A expectativa é receber mais de 100 pescadores, divididos em mais de 20 equipes vindas de estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. O evento deve bater recordes de participação. “A tradição é o coração do Iate Clube, e a última Temporada de Pesca registrou números históricos, com mais de 300 peixes de bico capturados e liberados, consolidando Vitória como um dos principais destinos da pesca esportiva no Brasil”, comenta o Comodoro do Iate Clube Fabiano Pereira.
Com quase oito décadas de história, o clube se consolidou como um verdadeiro berço de campeões na pesca esportiva. Um exemplo emblemático é o recorde mundial registrado em 1992 por Paulo Roberto Amorim, com a captura do maior marlim-azul já pescado no mundo: impressionantes 636 kg e 4,62 metros de comprimento.
Na temporada anterior, 2023/2024, o Torneio de Peixe de Bico alcançou números impressionantes, com 304 peixes liberados, sendo 301 marlins-brancos e 3 sailfish. A marca de mais de 100 exemplares por etapa reforça a relevância da costa capixaba no cenário mundial da pesca esportiva, e o Estado se tornou um destino único, com registros consistentes de captura e soltura. O diretor de Pesca explica que em Vitória, é comum ter expedições com mais de 10 marlins-brancos em um único dia, o que atrai equipes de todo o Brasil em busca dessa experiência.
Esse feito não apenas atrai equipes de outros estados, mas também contribui para a preservação ambiental e para o fortalecimento da economia local. “Estamos vivendo um momento histórico na pesca esportiva do Espírito Santo. Há pelo menos 25 anos não registrávamos tamanha adesão de equipes de fora. É um reflexo do aumento significativo de peixes de bico na nossa costa”, explica Julio Silbermann, diretor de pesca do ICES.
A recuperação populacional do marlim-branco, especialmente notável nos últimos anos, tem contribuído para o fortalecimento de um banco de dados valioso, e os dados coletados aqui são importantes para estudos internacionais e mostram como a prática sustentável da pesca pode aliar esporte e preservação.
Reconhecimento nacional
A costa capixaba tem se consolidado como um dos destinos preferidos para a pesca esportiva no Brasil, com o marlim-branco como grande estrela. A relevância do torneio e a hospitalidade do ICES também têm atraído patrocinadores e equipes de elite, fortalecendo o esporte.
“Além dos números expressivos de captura e soltura, o clima de confraternização entre os competidores é um diferencial do nosso torneio”, afirma o comodoro do ICES, Fabiano Pereira. “A cada ano, temos mais equipes, patrocinadores e eventos que mostram a força da pesca esportiva no Espírito Santo.”
Todos os peixes de bico capturados nos torneios do ICES são liberados, respeitando os princípios da pesca esportiva sustentável. Essa prática utiliza anzóis circulares, que não danificam os órgãos internos dos peixes, permitindo sua rápida recuperação. Estudos da The Billfish Foundation confirmam que esses peixes voltam a se alimentar no mesmo dia da soltura, garantindo sua preservação.
Espírito Santo é berço do esporte náutico
Ainda neste verão, em janeiro, acontece o Campeonato Brasileiro de Optimist. Entre os dias 4 e 14 de janeiro, a capital capixaba será palco de uma das mais prestigiadas competições de vela do país, reunindo mais de 300 jovens atletas de todo o Brasil para a disputa do 53º Campeonato Brasileiro de Optimist.
O evento, promovido pelo Clube do Espírito Santo (ICES) em parceria com a OPITIBRA (Classe Optimist Brasil) e CBVela (Confederação Brasileira de Vela), promete movimentar o turismo local e fortalecer a rede hoteleira, com velejadores entre 7 e 15 anos vindos de diversas regiões do país.
“Será um grande evento para a cidade e para o esporte. Desde 2017, quando sediamos o campeonato pela última vez, investimos continuamente para oferecer a melhor estrutura possível”, destacou o Comodoro do Iate Clube, Fabiano Pereira.
