
A Defensoria Pública apresentou nesta quarta-feira (10) a conclusão do relatório que denunciou 112 casos de crimes de tortura no Estado. Resultados de depoimentos das audiências de custódias, o relatório é resultado de depoimentos de suspeitos que foram apreendidos por policiais.
De acordo com a Coordenadora de Direitos Humanos Vivian Almeida, os crimes de tortura aconteciam na hora da abordagem. Segundo o relatório, os policiais agiam com violência, usavam técnicas de sufocamento com sacolas plásticas, choque laser e ferimento com armas letais. O relatório começou a ser feito em abril de 2015 e colheu dados até julho de 2017, no total 189 policiais citados no relatório, sendo que, 13 nomes foram repetidos em pelo menos em mais de uma denúncia.
“O relatório pretende contribuir para o aprimoramento do combate ao crime de tortura. É inadmissível que um crime cometido por alguém, seja justificativa para que ela seja torturada”, declarou Viviam Almeida.
Dos 112 relatos, foi possível analisar laudos de 21 relatos e destes, 19 houve comprovação documental das torturas.
Tanto o MP quanto as Polícias Civis e Militares, foram oficiados sobre os relatos de tortura, porém, até o momento, a Defensoria Pública não recebeu nenhuma informação desses órgãos sobre essas denúncias. A Defensoria Pública afirma que continuará acompanhando essas denúncias.