Amado por uns, odiado por outros, o blazer segue como símbolo de elegância e sofisticação. Especialista dá dicas de como escolher o blazer ideal para diferentes corpos, gostos, temperaturas e ocasiões.
O blazer é uma peça de roupa que surgiu no Reino Unido durante o século XIX, sendo uma modelagem exclusiva para o guarda-roupa masculino. O universo feminino da época contava apenas com saias, babados e volumes, enquanto no dos homens os ternos reinavam.
De acordo com a consultora de imagem profissional, Janaína Gurgel, o uso de terno entre as mulheres só foi popularizado a partir de 1930, quando Coco Chanel criou o primeiro modelo feminino. A peça, porém, era complementada com saia até então. “A partir disso, buscando mais conforto e praticidade com a imponência da mulher indo para o mercado de trabalho, o blazer conquistou cada vez mais o mercado de trabalho”.
Tamanho ideal
Segundo a consultora, a moda está cada vez mais eclética dando muita liberdade com relação a escolha do tamanho do blazer. Para os homens ainda existem medidas mais categóricas, como o comprimento do braço para medir qual será o comprimento do blazer ideal.
Porém, para o universo feminino isso não existe mais. “Tanto os maxi blazers, que são aqueles grandes que ultrapassam a linha do quadril, quanto casaquetes e blazers curtos são aceitos nos guarda-roupas femininos”, explica Janaína.
A escolha do tamanho do blazer ideal tem que partir de uma comunicação alinhada com suas intenções, isto é, aquilo que deseja transmitir. “Quanto maior e mais amplo pode transparecer mais formalidade, e quanto mais curto, mais casual e informal.
Outro ponto a ser avaliado na escolha do tamanho do blazer é o design corporal. “É uma peça que ajuda muita a valorizar o design corporal. Um blazer mais curtinho passa a ilusão de ótica de um tronco mais curto. Já um blazer mais alongado transmite a ideia de um tronco mais longo. Vice-versa com as pernas, enquanto o curto alonga, o longo encurtece”, elucida a consultora de imagem.
Forro para um blazer elegante?
Uma grade dúvida que surge na hora de escolher o blazer ideal é quanto a escolha do tecido certo. “Os melhores tecidos para o blazer, como é uma peça que pede um pouco de estrutura, são o crepe de alfaiataria, o jacquard, oxford, linho, cambraia, lã fria e gabardine. Não são recomendados tecidos leves e fluidos por fazer a peça perder o DNA estruturado”, recomenda Gurgel.
Quanto a questão do blazer precisar ter forro para ser uma peça elegante, a especialista destaca que não é uma regra. ” O ideal é avaliar a temperatura da região em que você mora. Em regiões mais frias com temperaturas mais baixas o ideal é usar blazer com forro, pois serão duas camadas de tecido que esquentarão. Já em regiões mais quentes com altas temperaturas, o ideal são blazers sem forro. Os dois são apropriados e chiques, mesmo sem forro possuem um acabamento que da sofisticação a composição”.
Conforme opinião da consultora, devido a atemporalidade da peça existem modelos clássicos que valem a pena investir. “Na minha opinião os modelos que são mais atemporais são os clássicos bem talhados com o recorte acompanhando o design corporal da pessoa e com a altura mais ou menos no quadril. Essa modelagem é para sempre, independente da alta do maxi blazer ou dos mais curtos”.
Uma peça para todos trabalhos?
Devido ao design elegante, a crença de que o blazer é uma peça essencialmente voltada para o mercado de trabalho jurídico faz com que muitas pessoas não consigam usar a peça em outras áreas. “O blazer pode e deve ser usado no ambiente de trabalho e não somente em ambientes formais como no ambiente jurídico. A pessoa pode usar um blazer nas áreas criativas e comunicacionais, por exemplo, transmitindo a personalidade”, ressalta Janaina.
Segundo a especialista o blazer é eclético, democrático e pode ser usado em qualquer ambiente de trabalho. “A textura, composição e cor é que vai definir se o estilo é mais formal, informal, criativo ou refinado”.
“Antigamente, à um século atrás era impensável ver uma mulher usando blazer, digno de escândalo. Hoje não só o uso do blazer, como também estampas, cores, padronagens e composições são completamente aceitáveis que ajudam inclusive a quebrar a formalidade dessa peça”, frisa a consultora.
Gurgel ressalta ainda que o blazer é uma peça coringa não apenas para o ambiente de trabalho. “Um ponto importante também a respeito do blazer é uma peça que transita entre o ambiente de trabalho e de lazer. Uma composição simples, como calça jeans e uma camiseta, ou até mesmo um short, pode trazer ao blazer uma imagem muito mais interessante, contemporânea e mais moderna”.
