A coruja, símbolo de sabedoria, estará presente em vários momentos do desfile de comemoração de 50 anos da Escola de Samba Unidos de Jucutuquara no desfile de 2022. A escola que abrirá o desfile do ano que vem, após a suspensão do evento por conta da pandemia, se inspirou a partir da memória de sua velha guarda.
“Tudo foi construído a partir de entrevistas com a velha guarda e pessoas importantes para história da escola, além de historiadores, apostando na memória afetiva do local onde a Unidos de Jucutuquara nasceu”, conta Vanderson Cesar, um de seus carnavalescos.
Os foliões podem esperar as referências que vão desde os produtos da antiga Fazenda Jucutuquara, o algodão, cana e mandioca até o bonde e os operários que vieram a partir da industrialização da região.
Depois, os principais carnavais do seu meio século de história estarão desfilando pelo Sambão do Povo em 2022. “Vamos reviver os momentos inesquecíveis da nossa história e apostar nas memórias afetivas dos foliões mais aguerridos da Jucutuquara”, acrescenta Jorge Mayko, também carnavalesco da escola.
Segundo os carnavalescos, os figurinos já estão todos desenhados e todos ficaram encantados com o projeto visual do desfile.
Um dos figurinos, revelado com exclusividade para ESHOJE, faz referência ao nome de origem indígena da região.
O nome “Jucutuquara” vem de Jucu-ita-quera, uma corruptela (processo de adaptação que em que prevalece a pronúncia sobre a escrita) que significa “pássaro do buraco na pedra”, em referência à Pedra dos Olhos que faz parte da paisagem singular da região.
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Esta reportagem é uma produção do Programa de Diversidade nas Redações, realizado pela Énois – Laboratório de Jornalismo, com o apoio do Google News Initiative
