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Choro salgado: mais poluição no mar capixaba

A situação de mares e oceanos é uma questão ambiental que preocupa pesquisadores e governos de todo o mundo.  A poluição oceânica compromete todo o ecossistema que o habita além de gerar problemáticas para os seres humanos, sobretudo aqueles que dependem diretamente da água para sobreviver como populações costeiras e indígenas.

De acordo com estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) cerca de 10 a 12% da subsistência da população mundial é assegurada pela pesca e aquicultura e quase 200 milhões de pessoas dependem de recifes de corais para protegê-las de ondas e tempestades.

Em 8 de junho é comemorado o Dia Mundial dos Oceanos. Na mesma data, é comemorado no Brasil o Dia Nacional de Combate à Poluição nos Oceanos e de Limpeza das Praias. Um levantamento da ONG Oceana mostra que o Brasil despeja 325 mil toneladas de lixo plástico por ano no mar.

Choro salgado: mais poluição no mar capixaba
Foto: André Serrão

O descarte incorreto do lixo se mostra como uma ameaça à vida marinha. Além disso, desastres como o rompimento da barragem de Brumadinho, também representam um risco para o habitat dos oceanos e mares, devido à toxicidade do material vazado.

No entanto, a ação que oferece maior perigo aos ecossistemas marinhos é a presença do lixo descartado de modo indevido e irresponsável no mar.  Estima-se que 62% da sujeira acumulada no fundo do mar seja de plástico, porque a densidade desse tipo de material facilita o seu transporte em longas distâncias, e por conseguinte, seu acúmulo.

Segundo levantamento da ONG Associação Internacional de Resíduos Sólidos, a pandemia de Covid-19 ajudou no aumento de produtos plásticos jogados no oceano. Máscaras e luvas de látex são os materiais que mais estão sendo descartados nas águas.

Choro salgado: mais poluição no mar capixaba

Pesquisa e conservação
A Associação Ambiental Voz da Natureza (OSCIP) atua no Espírito Santo, desde 2003, para preservação da vida oceânica por meio da realização de pesquisas científicas, trabalhos de conservação junto ao Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e com atividades de conscientização ambiental. 

O diretor da associação e cientista do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (CEBIMar/USP), Hudson Tercio Pinheiro, afirma que atualmente a Voz da Natureza tem diversas iniciativas em andamento como o projeto de Monitores Marinhos (Momar) e pesquisas relacionadas aos fatores de impactos humanos nos ambientes costeiros, assim como a recuperação de ambientes já degradados e a criação de unidades de conservação nas ilhas costeiras da região.

Para ele a consciência sobre a preservação de mares e oceanos vai além da não poluição e envolve também o respeito a períodos de defeso e a realização de uma pesca e aquicultura responsável. “Nós realizamos atividades junto aos pescadores locais para trabalhar a sustentabilidade das atividades pesqueiras e atuamos na proposição de unidades de conservação marinha que favorecem a preservação da biodiversidade a sustentabilidade dessas atividades”, afirma.

Responsabilidade na preservação
Hudson acredita que é necessário criar na população um ideal de responsabilidade e sustentabilidade de nossos mares e oceanos, levando em consideração o grande impacto que as ações humanas têm no ecossistema marinho, assim como pela dependência que temos de atividades pesqueiras em nosso estado.

“A nossa população tem uma relação muito íntima com o mar, a cultura capixaba depende diretamente dele, então essa conscientização acerca da preservação dos ambientes costeiros e marinhos é muito importante. A gente precisa mostrar a importância dessa preservação, porque a gente protege o que ama e conhece”, pondera.

Atualmente a associação tem um espaço de divulgação online dos projetos e atividades realizadas chamado Natureza do Mar, onde são atualizadas as ações propostas para conscientização, recuperação e preservação no que diz respeito aos ambientes marinhos e costeiros.

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