As jazidas de sal-gema do Norte do Espírito Santo, que concentram a maior reserva do país e uma das maiores da América Latina, estão mais perto de ser exploradas. A Agência Nacional de Mineração revelou que as 11 áreas capixabas, localizadas em Conceição da Barra, Ecoporanga e Vila Pavão, podem ser leiloadas ainda em junho.
Descobertas há 40 anos, as áreas ficaram sob o poder da Petrobras por décadas, mas nunca foram aproveitadas. Com 12 bilhões de toneladas, as jazidas podem atrair novos investidores e desenvolver um polo sal-químico no Espírito Santo, gerando insumos para diferentes cadeias produtivas, como a produção de PVC, defensivos agrícolas, vidros e celulose.
O deputado federal Felipe Rigoni (sem partido), que acompanha a pauta desde 2019 e tem cobrado uma decisão da ANM, calcula que 15 mil empregos podem ser gerados ao longo de 50 anos.
“Descobri o potencial do sal-gema ouvindo os eleitores da região. Fui estudar o assunto, conversei com a Petrobras desde o início do mandato e só agora, em março de 2021, que as áreas ficaram livres para leilão. De imediato, articulamos esse pedido junto à ANM e recebemos um ofício com a resposta positiva na última semana”, detalha.
“Há um interesse grande pela exploração da área, mas esse processo esbarrou no lobby de outros Estados por anos, que temiam a entrada de novas empresas. Hoje, no entanto, o Brasil importa sal de outros países, ou seja, há demanda que torna o investimento viável. Além disso, o sal-gema pode ser usado como insumo em diferentes cadeias-produtivas que já estão no nosso estado. Um ganho de competitividade para a economia capixaba”, explica o deputado federal.