A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a segunda fase da Operação Mangue Seco, cumprindo oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. As ações miram um grupo criminoso com atuação no tráfico de drogas na região.
As investigações tiveram início após a apreensão de 1,4 tonelada de cocaína e de um fuzil calibre 5.56 com mira telescópica, realizada em 2 de abril de 2025, em uma marina de Guarapari, na Grande Vitória.
De acordo com a PF, naquele dia, três criminosos usando coletes balísticos com identificação falsa da Polícia Civil (PCES) invadiram a marina para roubar a carga de drogas armazenada pelo grupo rival. A intenção era simular uma operação policial legítima.
Durante a ação, os suspeitos utilizaram dois fuzis, pistolas, granadas e acessórios táticos, avançando contra os responsáveis pela guarda do entorpecente. A PF destacou que os criminosos demonstraram alto grau de periculosidade e despreocupação com as consequências. A tentativa, porém, foi frustrada com a chegada de policiais ao local.
As investigações apontam que o grupo pretendia redistribuir a droga no município de Cachoeiro de Itapemirim, onde um dos integrantes atua no tráfico há mais de 15 anos.
Primeira fase e balanço da operação
Na primeira fase da operação, realizada em 2 de outubro de 2025, a PF cumpriu oito mandados de busca e quatro prisões temporárias. Com a etapa desta terça-feira, o total geral chega a 16 mandados de busca e apreensão e sete prisões efetuadas nas duas fases.
Os investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse ilegal de arma de fogo, com penas que podem ultrapassar 30 anos de prisão, além de multas.
O nome “Mangue Seco” faz referência ao manguezal localizado nos fundos da marina, onde um dos fuzis usados pelos criminosos foi abandonado durante a fuga.











