A ONU criticou a organização da COP30, a conferência sobre mudança climática realizada em Belém (PA), pelo que considerou falhas de infraestrutura e de segurança. A entidade também exigiu que os problemas sejam resolvidos. Os pedidos foram feitos após manifestantes quase conseguirem entrar na zona reservada do pavilhão onde acontecem as negociações diplomáticas.
O secretário-executivo da UNFCCC (o braço climático das Nações Unidas), Simon Stiell, assinou uma carta nesta quarta-feira (12) demandando que a proteção seja reforçada e os problemas, resolvidos.
O documento, revelado primeiramente pela Bloomberg e ao qual a Folha também teve acesso, foi enviado ao ministro Rui Costa, da Casa Civil, e ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Stiell lista cinco falhas na proteção do local.
“Eu gostaria se nós recebessemos a confirmação de que as medidas apropriadas de segurança, ressaltadas acima, serão colocadas em prática até o final do dia”, diz o texto.
A UNFCCC e a organização da conferência se reúnem na tarde desta quinta-feira para discutir o tema.
Procurada, a Casa Civil, responsável pela infraestrutura e logística da COP30, não respondeu até a publicação deste texto.
Pela divisão de atribuições, a segurança da chamada zona azul, o pavilhão reservado apenas a pessoas credenciadas e onde acontecem as negociações, é atribuição da ONU. Mas o entorno, fica à cargo do governo brasileiro, que isolou a área e inclusive decretou uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para que as Forças Armadas pudessem atuar na região.
Mesmo assim, na última terça-feira (11), manifestantes conseguiram romper as barricadas nos arredores do local e chegaram até a entrada do prédio principal, e foram impedidos apenas quando já estavam na área de raio-x, quando os policiais da ONU reprimiram o ato. Após o incidente, a segurança foi visivelmente reforçada na região do pavilhão.











