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Presidente e associação temem investimentos de construtoras em Manguinhos

Se um condomínio de luxo não for erguido em Manguinhos, Serra, o que a área em zona de preservação ambiental (ZPA) – com vegetação remanescente da Mata Atlântica – ficará? Esse é o questionamento do presidente da Associação de Moradores (Amman) do balneário serrano, Guilherme Lima, uma vez que a mesma área já tem projeto pronto para obra de 400 casas populares.

“Pessoalmente, eu Guilherme, sou contra a qualquer projeto de construção naquela área. Para mim, nenhuma árvore poderia ser retirada, porque foi assim que formos criados. Mas, já tem estacionamento em parte e até um acesso de pousada. Além disso, o que é pior, é um projeto pronto para obra de 400 casas populares, o que devastaria ainda mais a área. Neste caso, sendo pela legalidade, prefiro um projeto que preserva mais do que o que destrói tudo”, explicou.

Como presidente da Amman, Guilherme também está contrário, porque grande parte dos associados rejeitam radicalmente o projeto do Manguinhos Eco Residence. Ele afirmou que as investidas da empresa há alguns meses para fazer a apresentação do condomínio e se comprometendo com ações culturais locais e que apenas usariam 40% da mata.

No dia 27 de outubro, em mais uma tentativa de apresentar a iniciativa, a empresa voltou a Manguinhos com o Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Imaterial (RAIPI) garantindo que não há previsão de obra em locais onde acontecem as festas e manifestações histórico-culturais.

Presidente e associação temem investimentos de construtoras em Manguinhos

“As práticas culturais estão consolidadas em núcleos urbanos já definidos e o projeto prevê considerável preservação ambiental. (…) A pesquisa analisou os principais elementos do patrimônio imaterial presentes em Manguinhos, incluindo Banda de Congo, Festas de São Sebastião e Sant’Ana, Batucada e rodas de samba, Cultura tradicional da pesca, Capoeira e Banho de mar a fantasia. O documento destaca ações discutidas com o IPHAN e com a comunidade, como construção de uma Casa do Congo, apoio à requalificação da colônia de pescadores, ampliação do diálogo com moradores e educação patrimonial contínua. Essas ações ajudam a reduzir riscos e fortalecer identidade cultural. O RAIPI autoriza a continuidade do processo de licenciamento, desde que as medidas de salvaguarda sejam implementadas, mantendo o diálogo com os fazedores de cultura. O empreendimento se compromete com a valorização da cultura local”, informou em nota a empresa responsável pelo Manguinhos Eco Residence.

Guilherme Lima destacou que apesar das apresentações, a população não aprova qualquer empreendimento. Ele destaca que outras construtoras estão ocupando pontos no balneário, provocando outros impactos deixando-o preocupado. “Tem uma construtora erguendo dois prédios de 29 andares que vai levar sombra para a praia de Manguinhos e isso também será prejuízo”, finalizou.

Medo de gentrificação faz comunidade de Manguinhos ter resistência a condomínio

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