O universo da estética, antes considerado predominantemente feminino, tem sido cada vez mais explorado pelos homens. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica revelam que eles já representam 30% da clientela das clínicas de cirurgia plástica, um número seis vezes maior do que o registrado há apenas cinco anos. O cirurgião plástico Ariosto Santos acredita que essa mudança reflete uma transformação nos padrões estéticos e comenta alguns fatores que possam ter influenciado esse aumento.
Historicamente, cuidar da aparência era visto como um comportamento incompatível com o ideal masculino tradicional. No entanto, esse paradigma vem sendo rompido por uma geração que entende que autoestima e bem-estar também passam pela imagem refletida no espelho. “Estamos vivendo uma nova era, em que o homem se permite buscar procedimentos estéticos sem carregar o peso do julgamento”, explica Dr. Ariosto.
Entre os procedimentos mais procurados por homens estão a cirurgia das pálpebras, a lipoaspiração, o transplante capilar e o contorno do nariz e mandíbula. Para Dr. Ariosto, esses cuidados, muitas vezes associados a questões funcionais, também refletem o desejo por uma imagem mais jovem e confiante. “A vaidade, nesse contexto, deixa de ser futilidade para assumir o papel de ferramenta de fortalecimento da autoestima e da saúde mental”, destaca o cirurgião plástico Ariosto Santos.
Essa tendência tem sido impulsionada por diversos outros fatores, como o envelhecimento ativo, o uso constante das redes sociais e a pressão estética no ambiente profissional. Homens com mais de 50 anos, por exemplo, têm recorrido com frequência ao Botox e à cirurgia das pálpebras para suavizar marcas do tempo e renovar a aparência. “Estamos vendo cada vez mais homens de diferentes faixas etárias e perfis sociais entrando nos consultórios com o desejo claro de se sentirem melhor consigo mesmos”, afirma o Dr. Ariosto.
Com a popularização dos tratamentos estéticos e a quebra de preconceitos, é provável que a presença masculina nas clínicas continue em expansão. O que antes era um tabu, hoje se consolida como tendência. “cuidar da imagem não é questão de vaidade, mas de bem-estar. Todo mundo tem o direito de se sentir bem diante do espelho, inclusive os homens”, destaca o cirurgião plástico Ariosto Santos.











