A presidente da seccional Espírito Santo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Erica Neves, quer mexer no processo de eleição do futuro desembargador do Espírito Santo pela advocacia. A eleição do Quinto Constitucional foi iniciado em junho do ano passado e em dezembro o Tribunal de Justiça do Espírito Santo recebeu a lista tríplice. Contudo, para a presidente, é necessário revisar o processo, considerado por ela inadequado.
Na etapa em que os conselheiros puderam votar, onde foi definida a lista sêxtupla, Erica Neves disse que faltou paridade de gênero. “Tem que ser 3×3. Tem que escolher três homens e três mulheres mais votadas, se não tiver uma mulher mais votada, por exemplo, passa para o homem”, explicou.
Chegram a lista duodécima, escolhidos pelo votos de todos os advogados inscritos e em dia com a anuidade da OAB-ES, Flavia Brandão (4.596 votos), Anderson Pedra (4.156), Sarah Merçon-Vargas (4.084), Alexandre Puppim (3.852), João Dallapiccola Sampaio (3.649), Lucia Roriz (3.560), Vinicius Pinheiro de Sant’Anna (3.542), Adriano Pedra (3.468), Carla Fregona (3.399), Erfen Ribeiro (3.218), Rosemary de Paula (3.112), Américo Mignone (3.013).
Mesmo sendo a campeã de votos pela advocacia, por exemplo Flávia Brandão foi a que teve a menor votação dos conselheiros; enquanto Américo Mignone – que perdeu pela advocacia – obteve 26 votos e faz parte da lista já entregue ao presidente do TJES, desembargador Samuel Meira Brasil.
O pleno do TJES ainda não discutiu a etapa do processo que cabe ao Judiciário e para a presidente da OAB-ES, ainda há tempo de revisão. A escolha final ficará sob a responsabilidade do governador Renato Casagrande (PSB) que, ao receber lista tríplice, definirá o nome do futuro magistrado.
Anabela Galvão chama resultado da lista sêxtupla como “covardia”
Com informações de Juliana Rodrigues
