Após o Ministério da Saúde confirmar o primeiro caso de febre amarela humana no Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de saúde (SESA), assumiu que em todo território capixaba há, até agora, um total de 22 notificações da doença. E que três pessoas já podem ter morrido. O único caso confirmado, no entanto, até esta terça-feira (24) é de um lavrador de 44 anos, morador da área rural da cidade de Ibatiba, no sul capixaba.
No total, a Sesa recebeu 22 notificações de casos suspeitos, sendo que 21 estão sob investigação e um caso confirmado. Destas suspeitas, 13 pacientes ainda estão internados, sendo quatro em estado grave, seis em estado estável e os outros três estão internados em hospitais particulares, por isso não há informação. Outros seis tiveram alta hospitalar e três mortes estão sob investigação.
O resultado das primeiras amostrar enviadas pela Sesa a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro, confirmou o primeiro caso humano da doença. O lavrador vítima da doença começou a manifestar os sintomas em 12 de janeiro e chegou ao pronto-socorro de hospital de Ibatiba com febre, dor no corpo e vômito. A Sesa não deu detalhes sobre local de internação do homem, mas garante que ele já apresenta melhoras, tendo deixado a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nesta segunda-feira (23), e seguido para a enfermaria.
Dos três óbitos que estão sendo investigados dois aconteceram em Ibatiba e outro em Pancas. Todos são homens e tiveram contado com área rural.
O secretário de saúde, Ricardo de Oliveira, destaca que em área urbana, o Espírito Santo segue sem risco da febre. Além disso, ele diz que o perigo de uma pessoa que está com febre amarela passar para o mosquito transmissor, o Aedes Aegypti, é entre ás 24 horas anterior ao inicio dos sintomas até o quarto dia. Após esse período não há mais perigo de passar para o mosquito.
“Não há motivo de pânico. Esta febre amarela que estamos tendo é silvestre. Esta correria que está indo aos postos está impedindo que as pessoas que necessitem de verdade não tomem. Nós não temos nenhuma ameaça nas áreas urbanas do Espírito Santo e eu peço para que as pessoas não se dirija para as áreas de mato do Espírito Santo”, afirma.
O secretário também diz que quem tomar a vacina não pode doar sangue por ao menos quatro semanas. Ele ressalta que uma vez que se toma a vacina, a pessoa já fica imunizada. Além disso, ele diz que os hospitais referencias para o caso é o Dório Silva e o Imaba.
Para as crianças, Oliveira diz que fica a cargo do Ministério de Saúde analisar a possibilidade de colocar a vacinação de febre amarela como vacina de rotina. Logo, as crianças poderão tomar assim que nascerem.
Vacinas
A população capixaba, alarmada, lota unidades de saúde e diversos pontos de vacinação em todo Estado. Até o momento chegaram 500 mil de doses de vacina e o Governo solicitou ao Ministério da Saúde mais 1 milhão – 500 mil devem chegar nesta quinta-feira (26). Mas ainda não há previsão para o Ministério da Saúde envie este novo lote ao Estado.
