Cerca de 250 atendimentos mensais, entre crianças, adultos e idosos, deixaram de ser realizados após o início da paralisação dos médicos do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES). Já são seis meses de greve com a paralisação das atividades médicas em 100% do atendimento ambulatorial.
A categoria está reivindicando contra o atraso do pagamento dos salários, atraso no depósito de INSS e FGTS e no repasse de produtividade médica, não pagamento de férias a diversos profissionais, falta de eleição de diretor geral, clínico e técnico.
De acordo com a doutora Maria da Penha Gobbi, os diálogos com a diretoria está complicado. Ela conta que eles dão informação que se divergem e denigrem a imagem dos médicos. “O número de 250 pessoas sem atendimento é vago, mas não posso falar, porque estamos parados, não está havendo atendimento”, ressalta.
Ela aponta que desde janeiro os médicos não recebem. “Nós estamos indo para o trabalho, estamos ficando nas salas, mas não estamos atendendo. Não é agradável sair de casa e ficar sem trabalhar. Nós queremos trabalhar, mas também queremos nossos direitos”, afirma.
Ainda segundo a doutora, atendimentos como ortopedia, clinico geral, geriatria, neurologia, psiquiatra, entre outros, não estão sendo realizados desde janeiro. Por fim ela diz que isso é o resultado do desgaste promovido pelo descaso dos gestores da instituição.
”O profissional médico do HAFPES tem lutado contra o descaso do gestor já fazem três anos. Esses problemas de pagamento continuam acontecendo. Não existe profissional que exerça sua função da melhor maneira possível se o seu pensamento está em suas contas atrasadas, devido ao não recebimento de seus honorários.”, afirmou o advogado do Simes Télvio Valim.