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3 de maio de 2024
sexta-feira, 3 de maio de 2024

A raiva pode ser um combustível: saiba a importância desse sentimento

Nos anos 80, um homem magro, pacato e prestativo guardava um segredo, que poucos gostariam de saber. Quando era provocado, ficava verde de raiva e se tornava o incrível Hulk. Na série fictícia, a raiva era o combustível para que o alter ego assumisse o comando e resolvesse qualquer problema aparente. Na vida real, podemos sentir raiva, mas não podemos deixar que ela assuma o controle.

Alegria, afeiçoamento, amizade, amor e afetividade, são palavras contrárias a raiva, mas ela, assim como outros sentimentos, faz parte da vida humana e não é possível escapar. Segundo a psicóloga Elza Leite, é preciso entender que o problema não é o sentir, mas como agir a partir disso.

“Não existe um ser humano que não sentiu raiva, na vida, esse não é o problema, mas é preciso entender de onde vem essa raiva e o que está gerando esse sentimento em nós”.

A criança contrariada, faz “pirraça” pela falta de maturidade emocional, como forma externar o sentimento. Cabe ao adulto acolher essa emoção e ensinar. Mas na vida adulta, o próprio indivíduo tem que se acalmar, lidar e resolver. Mas o que esse sentimento provoca é diferente em cada pessoa.

“Cada um reage de um jeito. Algumas pessoas, na hora da raiva, têm instabilidade emocional, gritam, tem reações físicas, o rosto fica vermelho, cerra a mandíbula, os punhos, a frequência respiratória aumenta, a temperatura corporal, transpira mais, o coração acelera, sente pressão no peito, tensão muscular”.

A raiva pode ser um combustível: saiba a importância desse sentimentoMas é errado sentir raiva? Não. O que é errado é o modo de expressá-la. “A raiva nos incentiva a mudar, nos dá força para superar e respeitar os limites, firmeza para não deixar que pisem em nós, provoca posicionarmos, desafia. O medo ajuda a não se prejudicar, mas a raiva te ajuda a não se conformar em ficar parado”, detalhou a psicóloga.

A raiva é o sétimo sentido?

Elza Leite destaca, ainda, que sentir raiva dá noção de percepção, de ameaça. Isto é, pode proteger também. A raiva é uma reação do cérebro para que alguma atitude seja tomada.

“Ela é um mecanismo de proteção, que atua para nos proteger do ataque, nos fazendo ter defesa, das perdas das pessoas, de coisas, objetos do que tem importância para nós. Essa raiva nos ajuda a não ser conformados o tempo todo”.

Arthur Dalapicola é professor de Educação Física da EEEFM Nelson Vieira Pimentel, em Viana, e quando não está nas aulas, defende o estado como atleta Brasileiro de Voleibol. Para ele a raiva é positiva.

“Na minha jornada como professor de educação física e atleta, a raiva se tornou uma aliada. Em vez de permitir que a raiva me consumisse, aprendi a canalizá-la de maneira produtiva”. O professor e atleta explica ainda que no esporte, esse sentimento é uma mola que o ajuda a superar seus limites.

A raiva pode ser um combustível: saiba a importância desse sentimento“Quando enfrento desafios, como treinos exaustivos ou competições acirradas, a raiva se transforma em determinação. É o combustível que me permite persistir quando meu corpo e mente estão cansados. Enquanto a ansiedade pode tentar me fazer duvidar de mim mesmo, transformo-a em foco”.

Arthur está sempre nas quadras, quando não treinando ou jogando, com seus alunos. “No meu papel como professor de educação física, a raiva me ajuda a lidar com situações difíceis. Quando os alunos estão desmotivados ou desrespeitosos, em vez de me deixar abalar emocionalmente, uso a raiva como um gatilho para criar soluções construtivas”, finaliza.

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