Na noite de quarta-feira (03), os principais representantes da música capixaba estiveram reunidos no Sesc Glória para a entrega das estatuetas do 1º Prêmio da Música Capixaba. Foram 17 categorias no total e os destaques foram para os músicos André Prando, Budah e Afronta, cada um levando dois prêmios para casa.
Nas categorias de “Melhor Roadie” e “Melhor Técnico de Iluminação”, os premiados foram, respectivamente Rafael Eskerda e Júlio Sunderhus. Na categoria “Melhor Técnico de Áudio” houve empate entre Igor Comério e Igor Baiano. Empate também aconteceu na categoria de “Melhor Produtor Musical”, cujo prêmio saiu para os produtores Jackson Pinheiro e Rodolfo Simor.
“Foi uma concorrência com amigos de estrada, de vida. Não é competição para a gente. Lembro de eu e Felipe Gama [que concorreu] trabalhando juntos em 2002, com trabalho rodando o Japão, da Tamy. Agradeço a oportunidade de trabalhar com gente especial”, declarou Simor.
E completou: “Um salve especial a Sérgio Benevenuto, que ensinou todos os produtores daqui, quando o Espírito Santo não sabia o que era produção musical”.
Já na categoria de “Melhor instrumentista” o vencedor foi o pianista Pedro Alcântara.
Dan Abranches foi o vencedor da categoria “Melhor Artista Solo ou Duo” e dedicou o prêmio às pessoas trans. “Obrigado a todos que me escutam”.
A banda Auri foi a vencedora da categoria “Melhor Grupo ou Banda”. O baixista Bernado John fez referência a artistas que concorreram com o Auri e que são influências para os músicos capixabas.“Macucos, Dead Fish, o Amaro [Lima] são escola para nós. Toda essa galera que veio antes”.
André Prando levou a melhor nas categorias “Melhor Intérprete”, na qual dividiu o prêmio com Luiza Dutra, e “Melhor Show/Live”. “Quero agradecer aos profissionais que gravam comigo, que tocam comigo, à equipe. Se tem uma coisa que um artista solo não é, é sozinho. Agradeço à minha família, que me deu espaço para sonhar. A todos os amores da minha vida”.
Afronta foi a vencedora nas categorias “Artista Revelação” e “Destaque LGBTQIAP+”, prêmio que dividiu com Bella Nogueira. “Quero agradecer a todas as pessoas que põem fé em mim. Não deixem de colocar travestis em seus estúdios”.
SURPRESA
A rapper Budah também levou dois prêmios: “Destaque Linguagens Urbanas” e “Melhor Música de 2021”. Neste último, ela venceu com a canção “Velha Brincadeira”. “Estou muito surpresa. Esse som é diferente de tudo o que eu já fiz”.
O prêmio de “Destaque Vozes Negras” foi para Fabriccio e o “Melhor Videoclipe” foi para Morenna, numa parceria com o rapper BK na música “Euro”. “Sonhei com esse momento de ter um prêmio capixaba. Videoclipe é uma coisa que amo muito. Fenomenal!”.
O prêmio de “Impacto Social” foi dividido entre o Instituto Vale Música e o Instituto Serenata de Favela, que tem o rapper César como embaixador. E foi justamente ele que levou o prêmio de “Melhor Álbum/EP”, com “Dai a César o que é de César”.
“A música é um encontro de tantas coisas: identidade, experiências de vida, família, fé… Agradecer à minha mãe, que desde pequeno todo tipo de poesia e literatura me rodeava. Agradecer a Deus por emprestar a mim a capacidade de expressar o que é belo”, declarou.
VENCEDORES DO 1º PRÊMIO DA MÚSICA CAPIXABA
Melhor roadie
• Rafael Eskerda
Melhor técnico de áudio
• Empate: Igor Comério e Igor Baiano
Melhor técnico de iluminação
• Julio Sunderhus
Melhor produtor musical
• Empate: Jackson Pinheiro e Rodolfo Simor
Melhor instrumentista
• Pedro de Alcântara
Melhor artista solo ou duo
• Dan Abranches
Melhor grupo ou banda
• Auri
Melhor intérprete
• Empate: André Prando e Luiza Dutra
Artista revelação
• Afronta
Destaque linguagens urbanas
• Budah
Destaque vozes negras
• Fabriccio
Destaque LGBTQIAP+
• Afronta e Bella Nogueira
Melhor videoclipe
• Morenna ft. BK – Euro
Melhor show/live
• André Prando
Melhor álbum/EP
• César MC – Dai a César o que é de César
Melhor música de 2021
• Velha Brincadeira – Budah
Impacto social
• Empate: Vale Música e Instituto Serenata D’Favela