O Sindicato das Empresas Particulares de Ensino no Espírito Santo (Sinepe-ES) elaborou um protocolo para definir as regras de retomada das atividades presenciais nas instituições privadas no estado. O “Plano Estratégico de Retomada Gradativa e Segura das Atividades Educacionais do Segmento Educacional Particular do Espírito Santo” indica uma série de normas a serem adotadas pelas escolas quando o retorno às atividades presenciais forem autorizadas pelo governo.
O documento pontua que essa retomada acontecerá de forma gradual e escalonada, dependendo da urgência pedagógica de cada instituição. Até que as autoridades de saúde dispensem a necessidade do protocolo de saúde, as instituições devem priorizar o ensino remoto. “A decisão do retorno é exclusiva do governo, mas as instituições já estão se antecipando para que as escolas se ajustem e estejam prontas”, esclarece Eduardo Gomes, vice-presidente do Sinepe-ES.
O plano estratégico se divide em vertentes relacionadas ao protocolo de saúde, pedagógico e jurídico. Dentre as normas listadas no protocolo de saúde, estão orientações relacionadas à estrutura física, como a disposição das carteiras de forma que respeite a distância de um metro quadrado, além da higienização dos ambientes internos. As orientações se estendem às salas de aula, laboratórios de informática e áreas de atendimento, como secretarias.
Sem filas ou refeitórios
Na educação básica, a orientação é evitar a formação de filas no início dos turnos, evitar o uso do refeitório, priorizando áreas abertas da instituição. No momento do intervalo, caso seja necessário o uso do refeitório, é pontuado que as escolas determinem horários separados para cada turma.
O protocolo também prevê normas de orientação comportamental durante o retorno das atividades presenciais. O uso de máscaras é previsto para todos os alunos, exceto para crianças na faixa etária de 0 a dois anos e 11 meses. Para essa idade, o uso da proteção não é recomendado se as crianças não estiverem sendo vigilantemente supervisionadas, por risco de sufocamento.
As normas também orientam a aferição da temperatura de todas as pessoas que entrarem no ambiente escolar. Caso o orientador ou aluno apresente temperatura alta (acima de 37,5°C) na entrada, deverá ser direcionado para casa. O protocolo também sugere o desenvolvimento de termo de corresponsabilidade com a família, onde os pais atestam que o estudante não apresentou sintomas da doença antes do início das aulas.
Atividades remotas
Mesmo com a autorização do retorno às atividades presenciais, o documento afirma que todas as instituições devem elaborar um plano de trabalho remoto para os estudantes do grupo de risco ou para aqueles que não se sintam confortáveis e seguros com a retomada.
Para Eduardo Gomes, o desenvolvimento do protocolo do Sinepe-ES é fundamental para a preparação da comunidade escolar. “Será necessária uma mudança cultural e toda mudança cultural leva tempo, porque as pessoas precisam assimilar. Se a escola não se antecipar, fica muito difícil aplicar essas mudanças de uma hora pra outra”, conclui.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação (Sedu) informou que também está elaborando o planejamento para o retorno das atividades presenciais nas escolas públicas da Rede Estadual.
Texto de Sara de Oliveira
Edição de Danieleh Coutinho
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