O deputado Enivaldo dos Anjos será o líder do governo nos próximos dois anos, pelo menos, e disse que não foi surpreendido pelo convite do governador Renato Casagrande (PSB). Segundo ele, o chefe do Executivo estadual já tinha feito sondagens, mas o convite oficial aconteceu na quinta-feira (31).
“Ele abordou a necessidade de contar com o meu trabalho na liderança, ponderou a necessidade de fazer um trabalho de acordo com a Mesa, com as forças da Assembleia e nós entendendo o momento difícil que passa o Espírito Santo, a vontade do estado de se manter dentro dos parâmetros para superar a crise e resolvi aceitar. Na política, toda função que você exerce, você se coloca na posição de soldado. Eu fui convocado, achei a função necessária e decidi aceitar”, justificou Enivaldo.
Nos últimos anos o parlamentar não se mostrou aliado do governador, tanto que não poupou críticas. Mas ele garante que não há possibilidade de o cargo “amarra-lo”. “Nunca me senti amarrado em minha vida em nada. A grande importância do governador Casagrande é o espírito democrático que ele usa nas ações políticas dele. Então ser líder de um governo com esse sentimento é fácil, porque dialogar é necessário”.
Nos bastidores comenta-se que Enivaldo dos Anjos queria se manter na mesa diretora. Em discursos, no entanto, o parlamentar afirmou que não tinha interesse na posição. Quando questionado, explica que seu desejo é cumprir o mandato sem participação de mesas ou lideranças. Lembrou que nos anos 90 foi líder do Governo Vitor Buaiz (PT), que sabe da importância e responsabilidade do cargo.
“Muitos defendiam minha permanência e eu disse que não queria, porque há 15 novos parlamentares e é preciso dar espaço a eles. Fui primeiro secretário na administração de Theodorico Ferraço, segundo na do Erick e não havia sentido continuar quando a Ales se renova em 50%. Esperava exercer função nenhuma”, detalhou.
O líder do governo disse que todas as semanas ele estará com o chefe da Casa Civil, Davi Diniz, para debater os projetos do governo e demanda dos deputados. O governador explicou que escolheu Enivaldo pela experiência, pela capacidade de articulação em plenário, pela coragem que tem em enfrentar temas polêmicos e difíceis. “Espero não enfrentar tema de crise nenhum, mas se precisar, Enivaldo terá coragem de fazer o debate. Ele tem relação boa com os parlamentares, por isso fiz o convite”, explicou.
