Dólar Em alta
5,077
12 de maio de 2024
domingo, 12 de maio de 2024

Vitória
25ºC

Dólar Em alta
5,077

Suspeito de ataques em escolas é preso em Aracruz

O suspeito de ter atacado duas escolas do bairro Coqueiral de Aracruz foi preso pela Polícia Militar, na tarde desta sexta (25), em uma casa da família dele, no mesmo município. Trata-se de um adolescente de 16 anos. Ao chegar na delegacia, sob gritos de “assassino”, ele escondeu o rosto (veja nas imagens acima).

Uma segundo pessoa entra na Delegacia depois dele, também de rosto coberto. Segundo a polícia civil, o adolescente é filho de um policial militar. Ao ser preso, ele confessou tudo, com detalhes, e disse que planejava o crime há dois anos.

A casa onde o suspeito estava, na localidade de Sapolândia, foi cercada por policiais. Imagens feitas no local mostram o carro Renault Duster, usado no crime, estacionado. O veículo, que era do pai dele, foi apreendido.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o Renault Duster foi identificado e monitorado pelo serviço de inteligência. Após o levantamento detalhado das imagens do veículo Renault Duster, todas as informações relevantes foram compartilhadas com as forças de segurança pública do Espírito Santo, que contribuíram para a localização e detenção do suspeito.

O outro veículo, um Crossfox, que também foi visto próximo a uma das escolas e era suspeito, não teve envolvimento no caso.

Ex-aluno

O adolescente é ex-aluno da escola Primo Bitti. Ele estudou lá até junho, quando foi transferido pela família. A motivação é desconhecida. O superintendente de Polícia Norte, João Francisco Filho, disse que o jovem fazia tratamento psiquiátrico, mas na ficha escolar dele não havia nenhuma anotação com relação a isso, nem mesmo pedagógicas, sobre conflitos.

Segurança e arrombamento

O governador, Renato Casagrande, afirmou que a escola Primo Bitti tem portão eletrônico e vigilante, com toda a estrutura regular de segurança. Mas houve um planejamento de ataque, com arrombamento e uso de armas.

O adolescente entrou pelo portão de trás da escola, após arrombar o cadeado com um objetivo que, até então, é desconhecido. “O portão fica a 20 metros da sala dos professores. Foi o primeiro lugar que ele teve contato com pessoas”, disse Casagrande.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirmou que o adolescente não tinha alvo definido. “As pessoas que desenvolvem essas patologias costumam se isolar e se juntar a grupos extremistas. Vamos trabalhar toda a história dele, para saber com quem ele se relacionava dentro e fora do Brasil”.

O crime

João Francisco Filho disse que o adolescente não revelou um motivo para o ataque, mas colaborou e narrou o que aconteceu, com riqueza de detalhes. “Mostrou as roupas, a arma e como fez. Aparentemente, estava estado de choque, mas bastante calmo”.

O que se sabe é que ele escolheu o dia de hoje, pegou o carro do pai, tapou a placa, foi para a escola, cometeu o crime, voltou pra casa e depois saiu.

Na escola Primo Bitti ele usou uma pistola.40 do pai policial militar. Na outra escola que também atacou, utilizou uma calibre 38. Essas armas, além de um terceira, de uso particular, e três carregadores, foram apreendidos.

“Isso mostra como a cultura de violência está presente em algumas pessoas e jovens. Isso é um problema de saúde mental que a sociedade hoje está enfrentando, convivendo, e é algo que precisamos cuidar nas nossas famílias, nas nossas escolas, na saúde pública. É um momento que exige muito comprometimento de todos nós”, afirmou Casagrande.

Nazismo

Casagrande confirmou que o adolescente tinha um símbolo nazista na roupa. “Alguns jovens, infelizmente, têm comunicação com grupos violentos e até nazistas do mundo todo. A investigação vai dizer”.

Na casa onde ele foi preso esses símbolos do nazismo que estavam na roupa foram apreendidos. Lá também estava a roupa usada no crime, arma e faca.

Outros atiradores

Questionado se o adolescente revelou alguma ligação com Henrique Lira Trad, que atacou uma escola em Vitória, e o jovem da Bahia que cometeu o mesmo crime, o delegado respondeu que não, mas disse que isso será investigado.

“Cancelei uma agenda em São Paulo pra retornar e estar aqui e manifestar nossa solidariedade diante dessa tragédia, aos familiares das pessoas que foram atingidas, que perderam a vida, as que estão nos hospitais. Temos, ainda, algumas pessoas correndo risco de vida, sofrendo e passando por procedimentos cirúrgicos. Estou orando e rezando para que elas possam se recuperar. Solidariedade as escolas Primo Bitti e a particular de Coqueiral, a comunidade de Aracruz, aos educadores, servidores que trabalham na educação capixaba”, disse Casagrande.

*Atualizado às 14h40. Informamos, inicialmente, que a prisão aconteceu na Serra

 

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas